3/27/2006


Assim somos uteis, não acham...

A camara muncipal de vila viçosa parece ler o infocalipo, tal não só nos satisfaz, como nos dá ainda mais significado. Tal afirmação deve-se ao verificarmos que o cruzamento que em duas vezes falamos, junto da zona industrial no caminho para o alandroal, foi por fim sinalizado. A satisfação permite-nos saudar o responsavel camarário. Muitas outras são as situações em vila viçosa que necessitam de alterações, mas nelas deveremos indicar algumas opiniões. Força Vila Viçosa

3/23/2006



PCP debate Poder Local em Viana do Alentejo


O PCP debate sábado, em Viana do Alentejo, questões relacionadas com o Poder Local. De acordo com um comunicado da Direcção da Organização Regional de Évora (DOREV), eleitos, quadros políticos, quadros responsáveis pelas células trabalhadores comunistas nas autarquias e dirigentes regionais e locais do PCP vão discutir temas como as relações inter municipais e as alterações à Lei das finanças locais. O encontro está marcado para o Cine Teatro Vianense (10.00/17.00) e servirá ainda para debater as medidas governamentais relacionadas com o Poder Local e as propostas do PCP sobre o QREN (Quadro de Referencia Estratégico Nacional). Participam na reunião, segundo o comunicado da DOREV os José Catalino, da Comissão Política, e Jorge Cordeiro, da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central do PCP.

3/21/2006

O caminho pode ser difícil, mas quem o inicia com vontade sempre chega ao seu destino, todos sabemos que a luta continua, seja ela no lado de cá ou no de lá, perto de quem não acredita. Um espelho dá mostra de uma imagem, mas nunca mostra mais do que isso, no seu interior nada se move, nada cria nem nada se transforma. Procura o outro lado e acredita que essa será só a primeira batalha de muitas. Com Aljubarrota a luta começou, mas vencer uma batalha não é ganhar uma guerra, coisa que assim faremos …”

B.C.


Reciclagem: 348 mil toneladas de embalagens recicladas, papel e cartão lideram

Lisboa, 21 Mar (Lusa) - Cerca de 348 mil toneladas de embalagens foram enviadas para reciclagem em 2005 pela Sociedade Ponto Verde (SPV), entre vidro, papel/cartão e plástico, mais 18 por cento do que no ano anterior, anunciou hoje a entidade gestora.
Partindo da quantidade de embalagens colocadas no mercado, que são declaradas à SPV, e que em 2005 totalizaram as 902 mil toneladas, o director-geral da Sociedade anunciou uma taxa de reciclagem de 35 por cento no ano passado.
"Ultrapassámos em dez por cento a obrigação de reciclar 25 por cento do total das embalagens declaradas pelas empresas embaladoras", afirmou Luís Veiga Martins.
Apesar dos "bons resultados", este responsável estimou que existe ainda meia tonelada de embalagens que não é declarada à SPV, embora "muitas usem o símbolo de Ponto Verde".
"É uma ilegalidade que temos de combater. Faz parte dos nossos objectivos até 2011 um maior controlo e actuação", adiantou.
Por materiais, o papel/cartão voltou a ser, no ano passado, o mais recolhido para enviar para reciclagem, somando mais de 164 mil toneladas, um aumento de 38 por cento face a 2004.
O vidro atingiu quase 121 mil toneladas (mais 14,2 por cento do que em 2004), o plástico 32 mil toneladas (mais 23,4 por cento), o metal quase 25 mil toneladas (mais 66 por cento) e a madeira pouco mais de seis mil toneladas (mais 26 por cento).
Luís Veiga Martins salientou que em todos os materiais a SPV conseguiu cumprir, e em alguns casos ultrapassar, as suas metas de reciclagem.
De papel e cartão, foram recicladas 48 por cento das embalagens declaradas à SPV, de vidro 34 por cento, de plástico 20 por cento, de metal 31 por cento e de madeira 15 por cento.
A obrigação da empresa para 2005 era a de reciclar 15 por cento de cada material.
O director-geral da entidade gestora de resíduos de embalagens anunciou também o lançamento, na próxima semana, de uma campanha televisiva sobre a linha telefónica Ponto Verde (808500045), um "call center" para questões de separação e de reciclagem de embalagens.
A Sociedade Ponto Verde está também a preparar o lançamento de uma página na Internet ("o meu ecoponto") para informar sobre a localização dos ecopontos mais próximos.
VP.

3/18/2006


Novo site permite visão nocturna do Mundo

Alterar tamanho


Earth Nigttime é o nome do site que tornou possível ter uma visão nocturna do planeta Terra. A inovação é de um jovem húngaro, que pegou na famosa aplicação Google Earth e a transformou de forma a podermos ver imagens do mundo à noite e ao alvorecer.
As imagens satélite do Earth Nighttime têm sete níveis de aproximação, mas, ao contrário do Google Earth, não permitem ver nem ruas, nem casas. Num panorama de verdadeira escuridão sarapintada por pontinhos brancos, o que sobressai são as luzes dos grandes aglomerados territoriais. Na Península Ibérica, por exemplo, Lisboa e Madrid são os maiores focos de luz como se tratasse de uma grande festa vista do espaço.
Sem qualquer publicidade, o site conquistou já um elevado número de fãs. Só na primeira semana em que o Earth Nightime esteve online, mais de 85 mil visitantes espreitaram o mundo à noite.
O criador, Peter Pesti, é um universitário húngaro a estudar nos Estados-Unidos, no Instituto de Tecnologia da Geórgia. No seu blog, o jovem explica que para fazer o Earth Nightime apenas cruzou a interface Google Map com uma imagem da Nasa, a Earth Lights.
O seu mais recente projecto é o site Europa, onde se podem ver imagens da gelada lua de Júpiter. O resultado está à vista.

3/17/2006


Os dirigentes sociais-democratas Dias Loureiro e Guilherme Silva manifestaram-se sexta-feira convictos de que a proposta para as «directas» tem condições para ser aprovada no congresso do PSD, mas escusaram-se a propor datas para a eleição do líder.

«É bom encerrar este capítulo, aprovando o que é o mais consensual no partido e passar para outro ciclo», afirmou Dias Loureiro, em declarações aos jornalistas, à entrada para o XXVIII Congresso social-democrata, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
O congresso destina-se a aprovar alterações estatutárias, sendo a alteração da forma de eleição do líder a mudança mais significativa.
Afirmando que «se tivesse direito a voto» no congresso votaria «sim às directas», Dias Loureiro recusou-se no entanto a avançar com uma data para a eleição directa do presidente do PSD.
«Isso depende do líder, não vou eu dizer uma data», afirmou, acrescentando que «o mais importante é encerrar o capítulo da vida interna do partido para passar à agenda nacional».
Também à chegada ao congresso, o deputado e membro da comissão de jurisdição nacional Guilherme Silva considerou que a questão da data da eleição directa «não é uma sangria desatada», já que a aprovação das «directas» é o mais importante.
«Não há nenhuma sangria desatada. Tem de se ver qual é o momento mais adequado. É uma questão que tem que ser avaliada pelo líder e pela comissão política nacional», afirmou Guilherme Silva.
Já o líder da distrital do Porto, Agostinho Branquinho, considerou que deve haver eleições directas «o mais urgentemente possível», propondo «fim de Abril ou princípio de Maio» para que depois o PSD «possa fazer oposição».
Por seu lado, o ex-secretário-geral do partido José Luís Arnaut afirmou que os militantes deviam dizer não à eleição directa do líder, mas frisou que «o que é importante é o partido estar unido daqui para a frente».
O antigo ministro justificou a sua oposição à proposta por «uma questão de coerência» com as posições que tomou nos congressos anteriores em que se bateu contra a eleição directa para o líder social-democrata.

3/13/2006


Intolerância e Democracia

POR JORGE COSTA O actual desatino com o caso dos cartoons dinamarqueses, com que eu nem simpatizo particularmente, demonstra duas coisas. Por um lado as lideranças carcomidas dos países islâmicos manipulam as massas para que elas contestem violentamente o acessório e assim distraem-nas do estado de miséria e atraso em que estão mergulhadas, vítimas dessas mesmas lideranças corruptas e que em grande parte são títeres dos grandes interesses capitalistas internacionais. Por outro, pelo modo tergiversante como algumas lideranças das apelidadas democracias ocidentais, a nível da Europa e do mundo, se pronunciam sobre o caso demonstra que há muito os princípios se perderam no caldeirão dos interesses imediatos, como alguém diria foram vendidos por um prato de lentilhas. Valores básicos da democracia ocidental, a laicidade do estado e a liberdade de expressão que em caso de dúvida deverá ser regulada pelos tribunais, deveriam conhecer outro tipo de defesa. Ainda que não se aceite, compreende-se que a Grâ-Bretanha e os Estados Unidos pelo que têm empatado no assunto e com algum peso de consciência, se a tiverem o que se duvida, se mantenham mudos e quedos sobre a actual problemática. Já me parece mais estranho que, sem qualquer estado de necessidade, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MEN) português venha dizer que discorda da publicação dos tão falados cartoons, até fala em licenciosidade, é quase erótico, evoca o nome de Portugal em vão. Desconhece-se se falava dos publicados em Setembro na Dinamarca se os reeditados agora na imprensa portuguesa, demonstra pretensões a influenciar ou a linha editorial europeia ou a nacional. Os representantes portugueses há décadas para cá, vêm demonstrando um espírito de subserviência que se assinala, mas se lamenta. Éramos os melhores alunos da CEE, agora verberamos que em plena liberdade editorial alguém publique aquilo que lhe dá na gana. Os tribunais servem exactamente para dirimir conflitos de interesses. É engraçado que o nosso MNE no comunicado que emitiu verbere os cartoons e nem um palavra sobre a onda de violência que percorre os países árabes com ofensas diárias à soberania dos países cujos consulados e embaixadas são destruídas e bandeiras queimadas e espezinhadas. É a barbárie na sua expressão máxima! Se os países árabes e os seus habitantes estão satisfeitos com o seu modo de vida que o conservem, nós também não estamos completamente descontentes com o nosso, só defendemos alguns aperfeiçoamentos. Agora ninguém lhes poderá reconhecer o direito de terem pretensões a serem eles a virem-nos indicar como nos devemos comportar nos nossos países de naturalidade, nem tentar condicionar-nos às suas opções. Há muito que ultrapassamos a intolerância da Inquisição, as luzes iluminaram-nos, e o espírito das cruzadas está reservado para os Estados Unidos e seus aliados. Não estaremos ainda perante a guerra de civilizações que muitos pretenderiam, mas é cada vez mais claro que existe um forte choque cultural cujo desenvolvimento se desconhece. Não serão as cedências sem princípios que evitará seja o que for que se avizinha.
Terça, 07 de Fevereiro de 2006 - 19:43
Fonte: NA - Jornalista :


BCP papa o BPI

O BCP anunciou o lançamento de uma OPA sobre o capital do BPI, oferecendo 5,70 euros por cada acção, ou 4,33 mil milhões de euros. Paulo Teixeira Pinto vai pagar um prémio de 19%. Caso a OPA avance, a «nova» instituição vai se transformar na maior cotada nacional, com um valor de 13,3 mil milhões. O BPI fechou em subida de 25,89% e o BCP perdeu quase 4%.
A contrapartida da oferta pública de aquisição (OPA) é de 5,7 euros por acção, a que corresponde um prémio de 19% face ao fecho de sexta-feira passada.
As acções do BPI, antes de serem suspensas, valorizavam 10,86% para 5,31 euros. As acções fecharam em alta de 25,89% para os 6,03 euros, o que avalia o banco em 4,582 mil milhões de euros.
O BCP, o maior banco privado nacional, após a queda de hoje de 3,95% para os 2,43 euros, fica avaliado em 8,719 mil milhões de euros.
Juntos, os dois bancos vão valor 13,3 mil milhões de euros, ou seja, uma OPA com sucesso tornaria a «nova» instituição como a maior cotada portuguesa.
A PT, até agora a maior cotada portuguesa, e ela própria alvo de uma OPA por parte da Sonaecom, está a ser avaliada em 11,35 mil milhões de euros.
No anúncio preliminar da operação, o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto propõe-se a pagar 5,70 euros por cada acção do Banco BPI, um valor que compara com o preço de fecho de sexta-feira de 4,79 euros.
O banco diz que a oferta «é geral e voluntária», obrigando-se a adquirir a totalidade das acções do BPI. O Capital do banco está representado por 760 milhões de acções.
A contrapartida de 5,70 euros, segundo o BCP, fica sujeita à obtenção do registo prévio junto da CMVM; à não oposição do Banco de Portugal e da Autoridade da Concorrência.
Caso continue a existir a limitação à contagem dos direitos de voto, a oferta fica condicionada à compra de 90% do capital do banco liderada por Fernando Ulrich.
Num cenário de desblindagem, banca o BCP comprar 50,01% do capital para garantir o sucesso da oferta.
Actualmente, o BPI tem uma limitação de 12,5% e quer alterar esse limiar para os 17,5% na próxima assembleia geral de accionistas.
Caso venha a ultrapassar 90% do capital do BPI na OPA anunciada hoje, o BCP admite recorrer ao mecanismo da oferta potestativa que implica uma imediata exclusão da bolsa de valores.
O capital do BPI é detido em cerca de 16% pela La Caixa e pelo Itaú, em 8,8% pela Allianz, em 5,6% pelo Banco Santander Central Hispano e em 3,8% pelo próprio BCP, segundo informação de Junho de 2005.
No anúncio preliminar, o BCP diz deter apenas 0,04% dos direitos de voto do BPI.
O banco de Fernando Ulrich é o segundo maior accionista do BCP, detendo no final de Junho de 2005, 5,85% do capital do BCP, correspondente a 190.703.219 acções.

3/09/2006


...Será que alguém se mexe?

Um amigo escrevia a propósito de Cavaco ser Presidente de todos os portugueses que não sentia representado por este nem por qualquer outro porque esta, para começar, não era sua República. A sua República é livre, sem regras, cheia de sonhos e ilusões e que choca de forma dura com a realidade. Acho que todos gostávamos de ter a força para ter uma República como a do meu amigo mas contentamo-nos em viver na que nos é imposta. Tudo isto me fez recordar as Repúblicas gregas e romanas e todos aqueles ideais e sonhos que as construíram e que ao mesmo tempo as destruíram.A sociedade evoluiu, a democracia é hoje, dizem os entendidos, o sistema político mais justo e as “Repúblicas” morreram. Hoje já não há escravos mas a liberdade é uma ilusão, mas será que alguém se mexe? Hoje já não há presos por pensarem de forma diferente ou nunca como agora se foi tão hipócrita, mas será que alguém se mexe? Hoje luta-se contra a fome mas morre-se por migalhas, mas será que alguém se mexe? Hoje combate-se o crime mas não há mais segurança, mas será que alguém se mexe? Hoje as crianças têm mais direitos mas nunca como agora tantas morreram às mãos do Mundo, mas alguém se mexe? A democracia trouxe Liberdade e Igualdade, valores de esquerda dizem algumas vozes menos “espertas”, valores básicos dizem outras, Humanidade digo eu mas será que alguém se mexe?O meu amigo chora quando olha para a “nossa” República e eu choro com ele e lembro que a sua República podia ser a de todos, mas será que alguém se mexe? Viva a República com todas as suas regras e vícios dizem uns, abaixo os políticos gritam outros com o peso de todos os outros nas suas costas. A sociedade não mudou muito em tantos séculos de “evolução” e será que alguém se mexe? Será que é realmente importante evitar a morte de uma criança? Será um sorriso mais forte que uma arma? Haverá riqueza maior que uma vida? Eu acredito que sim, mas será que alguém se mexe?
BC


Descida dos juros do Banco Central Brasileiro.

Mais uma vez e no seguimento que tem vindo a suceder, o Banco Central do Brasil, baixou esta semana a taxa de juros em 0,75%, ficando assim nos 16,5%. Uma taxa que mesmo assim é muito elevada, como considera os empresários, que esperavam uma descida mais agressiva. O fraco crescimento da economia Brasileira, não é no entanto considerado pelo governador do Banco Central do Brasil, como a causadora do fraco crescimento económico. Pessoalmente considero que o ritmo de crescimento económico do Brasil, deve ser acima de tudo sustentável como tem sucedido. Nesta óptica será de esperar que até perto do final do ano esta evolução de descida se mantenha, mas com um maior fortalecimento. Desta forma os empresários brasileiros, poderão garantir uma maior estabilidade e rigor no que toca ao desempenho financeiro das suas empresas.

Considero hoje que a economia Brasileira, é uma das maiores potencialidades mundiais ao nível do crescimento, mesmo com corrupção e problemas evidentes. Penso que será a economia de maior crescimento na América latina na próxima década.
(cortesia JF)

3/07/2006

DE


Aumentos para consumidores domésticos podem atingir os 16% a partir 2007
Os consumidores domésticos de electricidade estão indefesos de aumentos de tarifas que podem ascender a 16% no próximo ano, ao contrário dos clientes industriais, afirmou hoje o presidente da entidade reguladora do sector, Jorge Vasconcelos. Em relação a aumentos de preços para o próximo ano, "a única coisa que se pode afirmar é que o aumento seria de 14,7% em 2006" se já estivesse reflectida a extinção do tecto dos aumentos ao nível da inflação, afirmou hoje o presidente da ERSE no Parlamento.O aumento dos custos reais de produção, com a subida do preço do petróleo e a baixa produção hídrica devido à seca, sem que este se pudesse reflectir nas tarifas dos consumidores domésticos gerou um défice de 412 milhões de euros que terá de ser pago nos próximos anos.Além disso, a factura será agravada em dois por cento no próximo ano com a decisão do Governo de transferir para os domésticos os custos da subsidiação da produção de energias renováveis.Questionado pelos deputados, e mais tarde pelos jornalistas, Vasconcelos afirmou que a entidade reguladora "vai aplicar a lei e reflectir os aumentos que se verificaram", mas não esclareceu se o aumento será aplicado de uma vez ou faseado no tempo.Segundo Vasconcelos "não está definido o período em que pode ser repercutido" o aumento, e "não tem necessariamente que se aplicado no ano posterior", de acordo com a última legislação.O presidente da entidade reguladora defendeu, ainda assim, que "é melhor que não haja défice", porque os custos financeiros avolumam-se com o passar do tempo, agravando o preço a pagar pelos consumidores domésticos."Os preços devem repercutir os custos. Se não, estamos a dar sinais errados ao mercado, que podem induzir a comportamentos que podem distorcer a concorrência", nomeadamente dificultando o acesso ao mercado por parte de outras empresas."Ninguém gosta de aumentos de nada, muito menos de energia", mas, afirmou, "os preços de energia em Portugal não são dos mais elevados da Europa".Além disso, a energia "não será dos sectores onde o aumento será maior", adiantou, dando como exemplo o mercado dos combustíveis, onde "os custos são variáveis".Já na indústria, e porque não houve défice, existe a garantia de que "não vai haver sobressaltos".Na sua intervenção na comissão de assuntos económicos, em que fez o balanço da actividade da entidade reguladora, afirmou que nos últimos anos têm sido principalmente os "custos de interesse económico" a onerar as facturas de electricidade.Entre estes, que "dispararam" nos últimos anos, estão as rendas aos municípios, acesso à rede ou o financiamento do operador do mercado ibérico de electricidade.Mais "preocupante" que o aumento de preços de electricidade, é o registado no mercado de gás natural, na ordem de 50% nos últimos anos, variação que não tem justificação em factores de mercado.Vasconcelos afirmou-se "atónito" que este aumento "não seja um tema que preocupe os portugueses", ao contrário da electricidade.

3/06/2006


Problema ou Publicidade...

Muito se tem escrito nos últimos dias sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Muito honestamente não vejo motivo para tanta confusão. Desde sempre que me faz confusão a necessidade da classe gay se manifestar em praça pública de forma no mínimo exagerada. Podia falar por exemplo do dia do orgulho gay, nenhuma outra classe no mundo tem um dia de orgulho próprio, ach aliás ridiculo que isso aconteça. Se é uma situação tão normal como gostar de alguém porque ter orgulho e demonstrá-lo de forma exuberante à sociedade? Ficaria encantado se quem ama, gay ou não, demonstrasse orgulho diário à pessoa em causa e talvez com isso tivessemos uma sociedade melhor.
Estamos a discutir casamentos entre pessoas do mesmo sexo quando o casamento enquanto instituição está em ruína. Os divórcios estão a bater records e os relatos de violência entre casais e entre pais e filhos aumenta dia após dia. Um dos pilares da nossa sociedade está podre e debatemo-nos não em recuperar o sustentáculo de toda a nossa essencia mas uma situação que não passa de um contrato civil entre dois cidadãos. As uniões de facto podem ser melhoradas mas devem ser aquilo que são, uma união entre dois cidadãos com regras (que podem ser melhoradas) mas devem ser limitadas. O casamento é uma instituição e não deve ser por isso confundido com outra qualquer coisa.
Deixo apenas aqui duas notas mais para reflexão que não podem estar dissociadas da problemática do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A adopção e a inseminação artificial devem ou não ser permitidas aos casais gays? Iremos adoptar a mesma regra que ninguém deve ser descriminado por motivos de sexo? Em caso de divórcio gay com quem ficará a criança e o que fazer a todas as instituições da sociedade? É por motivos como estes que entendo que o problema não se encerra na aprovação do casamento homossexual, o tema é complexo e deve ser visto com atenção aos efeitos colaterais. A nossa Constituição diz (e muito bem) que não deve existir discriminação e eu concordo mas o homem e a mulher são diferentes enquanto seres humanos, têm caracteristicas diferentes e posturas diferentes e não devemos ignorar isso.
Em conclusão, mais uma vez entristece-me que, um tema, que deve ser debatido com seriedade e com atenção a tudo o que está implicado de forma colateral, seja debatido com furor jornalistico, exibicionismo e propaganda. Parece-me importante resolver a situação mas existem problemas na nossa sociedade bem mais urgentes, problemas sociais, de saúde e económicos aos quais os governantes deveriam dar total prioridade. Entendo que a nossa sociedade ainda não está preparada para tais mudanças. Talvez numa geração, talvez em duas mas não me parece que agora, seja o momento e apenas espero que antes de se preocuparem com autorizarem uniões de facto mais abragentes (porque casamentos nunca porque isso é uma instituição com regras) o governo deveria preocupar-se com crianças abusadas, com mulheres e homens agredidos e com a crise social que abala a nossa nação.
Bruno C.

dn


CA da PT rejeita OPA da Sonaecom considerando-a 'inadequada'

DE com ReutersO conselho de administração (CA) da Portugal Telecom (PT) rejeita a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom , considerando que subavalia "significativamente" a empresa, revelou a PT.
No relatório da visada, com o comentário do CA ao pedido de registo preliminar da oferta da Sonaecom, a administração da PT compromete-se, se a OPA não tiver sucesso, a remunerar os accionistas em dinheiro em mais de 3 mil milhões de euros entre 2006 e 2008, propondo um dividendo ordinário de 47,5 cêntimos por acção referente ao exercício de 2005 contra os 38,5 cêntimos inicialmente previstos.
No âmbito da remuneração aos accionistas, a PT compromete-se com uma política de dividendos progressivos até 2008 e a uma remuneração extraordinária a implementar 12 meses após a rejeição da OPA da Sonaecom.
A PT compromete-se com um crescimento EBITDA na ordem dos 3 a 5% nos próximos três anos e a gerar 5 a 5,5 mil milhões de euros de 'free cash flows' operacionais nos próximos três anos.
A PT refere que vai conseguir poupanças anuais de 150 milhões de euros até 2008.
Em termos operacionais, a PT está disponível para abrir em condições de igualdade a rede fixa a outros operadores e promover um modelo de utilização partilhada das redes móveis.
O conselho de administração compromete-se também a contribuir com mil milhões de euros, a três anos, para o Fundo de Pensões, numa negociação com os sindicatos e trabalhadores da empresa.

3/05/2006



"A economia está estagnada, há mais desemprego e desigualdade"


Vaias a José Sócrates e alguns assobios a Cavaco Silva sublinharam um discurso feito ontem pelo secretário-geral do PCP no primeiro de três comícios destinados a assinalar o 85.º aniversário do partido. Numa longa intervenção, perante cerca de três mil militantes reunidos no complexo municipal de desportos de Almada, Jerónimo de Sousa fez um balanço arrasador do primeiro ano de actividade do actual Executivo socialista. "Hoje a economia está estagnada, há mais desemprego, mais desiguldades sociais, mais pobreza", declarou Jerónimo, acusando Sócrates de "subordinação às estratégias e aos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros", enquanto fecha os olhos aos "obscenos lucros da banca". Cavaco Silva foi mais poupado. Mesmo assim, o líder do PCP anteviu que o novo inquilino do Palácio de Belém dará "protecção" a Sócrates, "sob a eufemística designação de cooperação estratégica" com o Executivo. Aliás, acentuou, Presidente da República e Governo "têm uma só política - seja a que Cavaco ou o PSD pretendem, seja a que Sócrates e o PS defendem."
Descendo ao concreto, o secretário-geral comunista denunciou a "compreensão amiga" revelada pelo Governo perante o "assalto do grande capital à PT desencadeado com a OPA de Belmiro de Azevedo". À simples menção do nome do patrão da Sonae, escutou-se uma nova vaia no pavilhão, onde se viam muitos jovens e uma larga delegação de diversos partidos comunistas europeus. O grego, o russo e o ucraniano foram os mais aplaudidos.Aplausos também para Cuba, "terra livre na América", e para Álvaro Cunhal, falecido em Junho do ano passado após mais de seis décadas de militância no partido.De gravata vermelha, Jerónimo gabou a "coragem, o humanismo, a ética política e as convicções" do histórico dirigente, ainda hoje uma figura de referência do PCP. No palco, destacavam-se vários membros dos organismos executivos do partido, como Francisco Lopes, Fernanda Mateus e Rosa Rabiais. Maria Emília Sousa, presidente da Câmara de Almada, também marcou presença, entoando o refrão de "Venceremos" - uma das canções míticas dos comunistas - ao lado do secretário-geral, durante a actuação da cantora Luísa Basto, que antecedeu o comício.

3/04/2006




VOZES DO MARQuando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d'oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?...
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d'epopeias? Tens anseios
D'amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz, ó mar amigo?......
Talvez a voz do Portugal antigo,Chamando por Camões numa saudade!

Florbela EspancaPoesia CompletaLisboa, Publicações Dom Quixote, 2000


Falam Falam Falam....

Mas não dizem nada.

O que são os politicos, se não verdadeiros faladores.
Das muitas palavras que suas bocas falam, são as promessas as que mais saem.
Muitos tem esta forma de viver como um objectivo.
Outros nela, tem a unica forma de fazer as coisas que sem ela nunca farão.
Palavras e mais palavras.

São promessas meus caros.

Um cóveiro, procura com o seu trabalho, dinheiroe profissionalismo.
Um politico procura no seu trabalho dinheiro.
Logo um coveiro daria num muito bom politico.
Mas um politico nunca daria num bom coveiro.
por causa do profissionalismo...

Um pensamento vale o que vale.

Mas quando alguem tenta perceber o que um politico pensa.
Descobre que nesse caso o valor residual é zero.

Adeus politicos , descansem em paz...

O leite do alentejo

A actividade de recolha e concentração de leite foi iniciada em 1970, com uma parte da então Federação dos Grémios da Lavoura.
A extinção dos Grémios, em 1974, obrigou à criação de uma nova entidade e assim surgiu a então designada Central Leiteira de Portalegre. Depois em Maio de 1978 foi transferido todo o património e recursos humanos para a cooperativa agrícola que então se formou com a designação de Serraleite, que se mantém.
A Serraleite foi pioneira na introdução de leite UHT em Portugal com utilização de embalagem Tetra Classisc Aseptic de 500 ml, em formato tetraédico.
Já em 1971 foram adquiridos os primeiros equipamentos para empacotamento asséptico de leite, surgido assim no mercado um novo produto com a denominação de Serraleite, sob a forma de leite ultrapasteurizado e homogeneizado. Em 1973 iniciou-se a produção de leite pasteurizado em embalagem de polietileno de 1 litro.
A Serraleite dispõe hoje da mais moderna tecnologia de tratamento e embalagem, sendo o controlo de qualidade assegurado por um moderno laboratório capaz de dar resposta a todas as exigências da UE neste sector.
Actualmente a Serraleite possui uma linha de enchimento última geração (TBA8) para empacotamento de leite UHT de litro (que representou um investimento de 117 mil contos).
A empresa realiza a recolha do leite totalmente a frio, pelo que dispõe de uma frota de viaturas pesadas equipadas com tanques isotérmicos que garantem a qualidade e higiene do leite recolhido.
Nesta época do ano a Serraleite está a trabalhar cerca de 75 mil litros de leite por dia, explicando-nos o responsável pela empresa que "quando temos matéria prima a mais, como nesta altura do ano, dispensamos a outras empresas, tal como noutro período são essas empresas que nos dispensam a nós". Na prática "há uma parceria com a Yoplait, a Danone e a Barcel".
Em termos de consumo este encontra-se localizado em todo o sul do país e distritos da zona centro, estando os produtos da Serraleite a ser ainda distribuídos no Grupo Sonae (hiper e super-mercados Modelo e Continente).
Para além do armazém central em Portalegre, a Serraleite dispõe de armazéns em Beja, Setúbal e Tomar.
A empresa conta actualmente como 91 trabalhadores e em 2004 recebeu 22,4 milhões de litros de leite dos seus cooperantes a quem pagou 6,95 milhões de euros. Em termos de empacotamento processou 15,24 milhões de pacotes de litros e 2,5 milhões de pacotes de 1/5 l. Para além do leite UHT a Serraleite ainda empacote natas, leite com cho0colate e leite pasteurizado.
Para o presidente da Serraleite, José Manuel Pinheiro, "o ano de 2004 foi muito bom" e tal "permitiu alguma recuperação financeira da empresa".
Deslocalização para a Zona Industrial está em estudoDeslocalização para a Zona Industrial está em estudo
Está na ordem do dia a deslocalização de empresas do tecido da cidade para a Zona Industrial.
A Serraleite é um destes casos e José Manuel Pinheiro declara que "nós queríamos ir para a Zona Industrial" e "essa questão está em estudo com a ajuda da Câmara".
Com dificuldade de assumir certezas, o presidente da Cooperativa declara que "tudo está em equação relativamente ao futuro", até porque "não temos condições para continuar aqui", daí que reitere que "a nossa vontade, desde que possível, é mudar para a Zona Industrial".


Deco diz que Optimus Home é a solução mais vantajosa nas chamadas de voz


DE com LusaUm estudo da Deco concluiu que a Optimus Home oferece a melhor solução do mercado para as chamadas de voz porque não cobra a assinatura da Portugal Telecom (PT), ainda que tenha os segundos preços mais caros da amostra. A associação de consumidores Deco publicou, na revista mensal, os resultados de um estudo em que analisou os preços das chamadas de voz em Portugal, concluindo que as tarifas são mais baixas na Tele 2 e mais elevadas na Iphone, da Cabovisão.Contudo, uma vez que os clientes da Tele2 são obrigados a pagar a assinatura da PT, as tarifas acabam por ultrapassar aquelas praticadas pela Optimus Home, que não cobra a assinatura, já que a oferta funciona na rede GSM.Assim, embora a Tele 2 e a AR Telecom "tenham preços mais vantajosos" nas chamadas, acabam por ficar em segundo e terceiro lugar no 'ranking', revela a associação.A Optimus Home, por seu turno, cobra no mínimo 12,5 euros por mês, convertíveis em chamadas, e "torna-se a opção mais barata nos três cenários" de estudo desenvolvidos pela Deco, em que se compara o custo de um cabaz mensal de 100 chamadas com assinatura, num total aproximado de 6 horas de conversação.No primeiro cenário, a associação de consumidores comparou os custos relativos a chamadas realizadas para a rede fixa, móvel e para o estrangeiro.A Optimus Home apresentou um custo de 34,13 euros, que compara com o valor de 21,85 euros facturado pela Tele 2, mas a que se soma os 15,32 euros da assinatura da PT.Numa segunda situação foram analisadas chamadas para as redes fixa e móvel e, num terceiro cenário, observados os custos de chamadas nacionais para rede fixa.Nas chamadas fixas e móveis, a Optimus Home voltou a apresentar melhores preços (25,03 euros), seguida pela AR Telecom Plano Família Plus Op. 1º minuto, com 16,63 euros, mais assinatura (31,95 euros, no total).No caso das chamadas nacionais para o fixo, o valor cobrado pela Optimus Home foi de 17,83 euros, enquanto a AR Telecom Plano Família Plus Op. 1º minuto cobrou 10,99 euros, mais assinatura (26,34 euros), revelou a Deco.

3/02/2006



Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...


Lágrimas Ocultas

A respostas .

Aos que nos chamam racistas, olhais para vós não como pós 25 de Abril, mas como aqueles que continuam a querer uma ditadura ... racistas, sois vós e suas imagens bem o espelham... honremos a morte dos nossos antepaçados.

BCE sobe taxa para 2,5% e sugere mais aumentos

Trichet diz que juros ainda estão «muito baixos»
14:28 O Banco Central Europeu subiu hoje as taxas de juro para 2,5%, um nível que Jean Claude Trichet considera ainda ser muito baixo. O presidente da autoridade monetária europeia afirma que a política monetária do BCE ainda é «acomodatícia», sugerindo assim mais subidas nos juros ano longo deste ano. Os economistas esperam que a próxima seja em Junho


O que acontece ao ser humano depois da morte?

A questão de o que acontece, especialmente com os humanos, durante e após a morte (ou o que acontece "uma vez morto", se pensarmos na morte como um estado permanente) é uma interrogação frequente, latente mesmo, na psique humana. Tais questões vêm de longa data, e a crença numa vida após a morte é comum e antiga (veja submundo). Para muitos, a crença e informações sobre a vida após a morte são uma consolação ou uma cobardia em relação à morte de um ser amado ou à prospecção da sua própria morte. Por outro lado, medo do Inferno ou de outras consequências negativas podem tornar a morte algo mais temido. A contemplação humana da morte é uma motivação importante para o desenvolvimento de sistemas de crenças e religiões organizadas.
Muitos
antropólogos sentem que os enterros fúnebres atribuídos ao Homem de Neanderthal/Homo neanderthalensis, onde corpos ornamentados estão em covas cuidadosamente escavadas, decoradas com flores e outros motivos simbólicos, é evidência de antiga crença na vida após a morte.
Enquanto existem estudos modernos sobre vida após a morte, a aceitação da sua existência ou não-existência continua a ser um acto de fé para a maioria das pessoas
.

De forma a ter este espaço cada vez mais actualizado e dinâmico, decidi afastar-me dele como organizador. Continuarei a escrever se achar importante mas só, e muito pontualmente. Recordo por isso que depois de 27/02/2006 não me responsabilizo pelo espaço. Boa sorte.
JF

3/01/2006

Nesta época, quando temos que correr ligeiro para mantermos o passo com a velocidade com que nossas liberdades estão sendo arrancadas de nós, e quando poucos podem se dar ao luxo de se ausentarem das ruas por algum tempo, para poderem retornar com uma primorosa e totalmente formada tese política, repleta de notas de rodapé e referências, que contribuição significativa posso oferecer-lhes nesta noite?
Enquanto somos emboscados de uma crise a outra, transmitidas diretamente a nossos cérebros pela TV via satélite, precisamos pensar com os pés no chão. Mesmo enquanto estamos a caminho. Entramos nas histórias através dos destroços de guerra. Cidades arruinadas, campos ressecados, florestas encolhidas e rios agonizantes são nossos arquivos. Crateras deixadas pela bombas de fragmentação, nossas bibliotecas.
Então, o que posso oferecer esta noite? Alguns pensamentos pouco confortadores sobre dinheiro, guerra, império, racismo e democracia. Algumas preocupações que esvoaçam em torno da minha cabeça, como uma família de mariposas persistentes que me deixam acordada de noite.
Alguns de vocês acharão de mau gosto, para uma pessoa como eu, que ingressou oficialmente no Grande Livro da Nações Modernas, como "cidadã da Índia", vir aqui para criticar o governo dos EUA. Falando por mim mesma, não carrego qualquer bandeira, nenhum patriotismo, e estou plenamente consciente de que a venalidade, a brutalidade e a hipocrisia estão impressas nas almas de chumbo de cada estado. Mas quando um país cessa de ser meramente um país e se torna um império, então a escala de operações muda drasticamente. Portanto, gostaria de explicar que esta noite falo como sujeito do Império Americano. Falo como o escravo que presume criticar seu rei.
Como as conferências precisam ter um título, a minha, nesta noite, chama-se: Democracia Imperial — Mistura Instantânea (Compre Uma, Leve Duas) [Instant-Mix Imperial Democracy (Buy One, Get One Free)].
Em 1988, no dia 3 de julho, o U.S.S. Vincennes, porta-mísseis estacionado no Golfo Pérsico, atirou acidentalmente contra um avião iraniano, matando 290 passageiros civis. George Bush o Primeiro, que na época estava em plena campanha presidencial, foi solicitado a comentar sobre o incidente. Ele disse, sutilmente: "Eu nunca vou pedir desculpas pelos Estados Unidos. Seja quais forem os fatos."
Seja quais forem os fatos. Que máxima perfeita para o Novo Império Americano. Talvez uma pequena variação no tema seja mais pertinente: Os fatos podem ser aqueles que nós queiramos que sejam.
Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, uma sondagem do New York Times/CBS News estimou que 42 por cento do público americano acreditava que Saddam Hussein era diretamente responsável pelos ataques do 11 de setembro no World Trade Center e no Pentágono. E uma pesquisa da ABC News revelou que 55 por cento dos americanos acreditavam que Saddam Hussein patrocinava diretamente o grupo Al Qaida. Nenhuma dessas opiniões se baseia em qualquer evidência (porque não há nenhuma). Tudo isso se baseia em insinuações, em auto-sugestão e em puras e simples mentiras circuladas nos EUA pela mídia corporativa, conhecida também como "Imprensa Livre", aquele pilar oco sobre o qual repousa a democracia estadunidense.
O apoio público à guerra dos EUA contra o Iraque foi baseado num edifício de múltiplos andares de falsidade e engano, coordenados pelo governo dos EUA e fielmente amplificado pela mídia corporativa.
Além da relação inventada entre o Iraque e a Al Qaida, tivemos o frenesi manufaturado sobre as Armas de Destruição em Massa do Iraque. George Bush o Menor chegou ao ponto de dizer que seria "suicídio" para os EUA não atacar o Iraque. Mais uma vez, testemunhamos a paranóia de que um país esfomeado, bombardeado e assediado estava prestes a aniquilar a toda-poderosa América. (O Iraque foi somente o último, numa sucessão de países — precedido por Cuba, Nicarágua, Líbia, Granada e Panamá.) Mas dessa vez não foi só a marca mais comum do bom e velho frenesi. Tratou-se de Delírio com um Propósito. Anunciando uma velha doutrina numa nova garrafa: a Doutrina dos Ataques Preventivos, ou seja, Os Estados Unidos Podem Fazer o Diabo que Quiserem, E Isso É Oficial.
A guerra contra o Iraque foi combatida e vencida e nenhuma Arma de Destruição em Massa foi encontrada. Nem mesmo umazinha só. Talvez elas precisem serem plantadas antes de serem descobertas. E então, o mais chato entre nós precisará de uma explicação sobre porque Saddam Hussein não as usou, quando o seu país estava sendo invadido.
É claro, não haverá qualquer resposta. Aos Verdadeiros Crentes serão suficientes aqueles informes distorcidos da TV sobre a descoberta de uns poucos barris de produtos químicos banidos, dentro de um velho barracão. E o ‘parece ainda não haver qualquer consenso sobre o fato deles terem sido mesmo banidos’ e o ‘se os recipientes que os continham podem ser efetivamente chamados barris’. (Houve rumores ainda não confirmados de que uma colher de chá com permanganato de potássio e uma velha harmônica também foram encontrados dentro do mesmo barraco…)
o novo guerreiro


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