6/24/2007


Olhar de um Físico

6Mudança Climática ou Mudança de Política?


Decorreu em Marraquexe, Marrocos (na semana de 5 a 10 de Novembro) a sétima COP (Conferência das partes) da convenção quadro das NU sobre Mudança Climática (UNFCCC). Após várias conferências (três no curso do último ano) e diversas cedências entre os representantes foi obtido um acordo que, após ratificação pelos vários países, permitirá a adopção do Protocolo de Quioto para a redução das emissões de gases de efeito de estufa.
No curso da última década confirmou-se a evidência da existência de uma acção antropogénica, isto é, devida a acção humana, a intervir na evolução do clima a nível planetário. O efeito de estufa da atmosfera, um efeito natural que permite a manutenção de uma temperatura média "confortável" à superfície da Terra, está sendo perturbado pela emissão de dióxido de carbono e de outros gases para a atmosfera, de tal modo que o efeito se intensifica e conduz à elevação média da temperatura.
O efeito é apenas evidente, mas a projecção para o futuro do incremento dessas emissões, é razão para preocupação. O modelo de modelação (não previsão!) do clima adoptado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) sugere que, na base dos cenários de crescimento das emissões (fornecidos pela Agência Internacional de Energia - AIE), os cenários de variação da temperatura média à superfície do globo exibem subidas significativas.
O sistema climático é muito complexo e longe de ser inteiramente compreendido. As acções e retroacções entre os vários componentes do sistema climático (atmosfera, oceano, calotes polares, glaciares, biosferas terrestre e marinha, crusta terrestre,...) e as escalas de tempo em que se exercem são numerosas e diversas. A formulação de cenários mais detalhados está sujeita a incertezas ainda maiores do que aquelas que se atribuem à mera subida média da temperatura, já por si incerta.
Assim, é de admitir também a subida do nível médio do mar, mas com maior margem de prudente incerteza; modelos de detalhe apontam para melhoria das condições de habitabilidade numas regiões a par do seu agravamento noutras; é de admitir, como já começa a ser perceptível, que situações meteorológicas extremas se tornarão mais frequentes (com consequente aumento de risco de catástrofes naturais).
Mas muitos fenómenos estão por aprofundar e por ser incorporados nos modelos que actualmente servem à tomada de opções políticas. No Encontro Internacional sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Quioto (Évora, 15-16 de Novembro) foram expostos factores e fenómenos que põem em causa a "robustez" dos cenários "oficiais". Andre Berger revelou como a variação do clima no passado (até pelo menos 400 mil anos atrás) pode ser essencialmente modulado considerando apenas os factores astronómicos (a precessão do eixo de rotação da Terra, a oscilação da inclinação desse eixo sobre a eclíptica, a oscilação da excentricidade da órbita da Terra) e o teor atmosférico de dióxido de carbono; para concluir que a evolução natural seria agora a transição para uma nova glaciação; mas que porém o actual teor anormalmente elevado de dióxido de carbono será responsável por um longo período de estabilidade da temperatura, a menos que teores muito mais elevados a façam subir. Daniel Rosenfeld revelou como a emissão de aerossóis (fumos, poeiras, etc.) perturba o comportamento das nuvens e como estas, em consequência do aumento da poluição por aerossóis, se tornam menos eficientes na circulação atmosférica da água; para concluir que provavelmente este efeito contraria e em parte neutraliza o efeito dos gases de efeito de estufa (como o dióxido de carbono) e que, sem o efeito das emissões de aerossóis, a elevação da temperatura média seria ainda mais perceptível. Timothy Carter explanou as enormes incertezas que ainda afectam os modelos de alteração climática a nível global e particularmente a nível regional; e assinalou a notória ausência de quantificação das probalididades associadas a cada um dos cenários de alteração climática no actual relatório do IPCC.
Notar que cálculos de probalidade entretanto já efectuados conduzem a valores de perto de 5% para a probabilidade de ocorrer um aumento da temperatura média do ar superior a 5ºC, no horizonte de 100 anos, o que dá uma ideia da credibilidade dos cenários mais gravosos apresentados pelo IPCC. Outra questão da maior importância é a formulação, a partir de cenários globais, de cenários a nível regional. Nesse mesmo Encontro, João Corte Real apresentou modelos descritivos do clima em Portugal e identificou tendências decorrentes de alterações climáticas globais; as consequências diferenciam-se de norte a sul do país, com presumíveis impactos na disponibilidade de água e na conservação do solo; mas as margens de incerteza não podem ser ignoradas. Grandes margens de incerteza residem, ainda, na interacção da atmosfera com o oceano e com a crusta terrestre (e o solo) e na interacção do Sol com a Terra.
Embora o modelo que serve á formulação dos cenários do IPCC não considere estes vários fenómenos ele é todavia tomado como bom. Não nos devemos surpreender. Por um lado sabemos que têm havido sempre linhas de corrente científica "oficias", isto é, reconhecidas pelo poder político em prejuízo de outras. Não que os políticos, que financiam a investigação científica, façam opções científicas. Elas são escolhidas por poderem ser instrumentais para o exercício desse poder ou obter objectivos políticos.
Ora são os cenários ainda imperfeitos do IPCC que são adoptados para avançar com o processo de Quioto.
Existe uma evidente urgência da parte da União Europeia em que o Protocolo de Quioto seja posto em vigor. Conta com a evidência da elevação do teor de dióxido de carbono na atmosfera e com a já reconhecido elevação da temperatura média à superfície do globo, bem como a natural preocupação da opinião pública face aos "cenários" - por vezes abusivamente catastróficos - que lhes são oferecidos.
É interessante notar que os cenários do IPCC são, por sua vez, suportados nos cenários de consumo de energia e de emissão de gases de efeito de estufa da AIE. Esta faz projecções no pressuposto que os indicadores utilizados no cômputo das emissões - população, GDP per capita, intensidade energética do produto bruto e emissão por unidade de energia consumida - se mantêm no futuro. Em princípio, o Protocolo de Quioto procurará garantir que os cenários mais pessimistas de crescimento de emissões não venham a verificar-se.
À parte a grande margem de incerteza nos cenários que servem de base ao Protocolo de Quioto, a sua implementação merece sérios comentários. O termo de referência de crescimento ou decrescimento das emissões são os valores das emissões verificadas no ano 1990; os países menos evoluídos terão uma margem de crescimento de emissões limitada; o que poderá induzir o "congelamento" do seu subdesenvolvimento. É criado um "mercado" de direitos de emissão que teoricamente permitirá aos países menos desenvolvidos "exportar" quotas de emissão que não utilizem (para além das matérias primas que fornecem...). Estes mecanismos deverão, em teoria, induzir exportação de capital para os países subdesenvolvidos, em termos de maior "dignidade" e a nível superior aos actuais níveis de "auxílio" para a cooperação (embora de forma alguma alterando a respectiva capacidade de decisão sobre os seus próprios futuros). Deverão também, em teoria, induzir investimentos em produção local de energia a partir de fontes de energia renovável, quer em países desenvolvidos como subdesenvolvidos. Por outro lado, o acordo atingido exigiu sérias cedências; algumas são o reconhecimento unicamente político de certas exigências, sem fundamento cientifico aceite; uma é o caso da contabilização das área florestais como sumidouros de dióxido de carbono. Mais grave, embora também mais problemático de fundamentar, é o facto de o Protocolo ignorar a diferenciação dos impactos sobre diferentes países e regiões, em resultado do impacto climático da inexorável, ainda que desejadamente atenuada, acumulação de dióxido de carbono na atmosfera; assim, o nordeste da América do Norte é potencial beneficiária enquanto o sudoeste da Península Ibérica é potencial penalizada nos cenários de pormenor de alteração climática.
O Protocolo de Quioto surge quando começa a ser largamente percepcionado, mas não assumido nem pelos governos nem pelos quatro actuais grandes grupos petrolíferos (resultantes da fusão das sete "irmãs" dos anos 70), a escassez e o eminente declínio da capacidade de extracção de petróleo, a fonte de energia predominante no último meio século. Existe o evidente propósito de acelerar a introdução do gás natural, pela assumida e boa razão que é relativamente menor emissor de dióxido de carbono que o petróleo, sem alarmar a opinião pública e os investidores, à cerca da insidiosa crise de aprovisionamento de petróleo.
Porém este não é um futuro automaticamente risonho. Enquanto se vai tornando evidente que os recursos de petróleo do planeta serão exauridos até ao último barril, a projecção da quantidade de gás natural necessária para cumprir o respectivo ciclo de vida, por enquanto em franca expansão, excede francamente os seus recursos previsivelmente existentes. Como fez notar Cesare Machetti è AIE em 2000, o consumo de energia das sucessivas fontes de energia primária vai crescendo ao longo do tempo, em consequência do persistente crescimento global do consumo de energia. Assim, o carvão, agora já em franco retrocesso no mercado da energia, deixará de ser explorado muito antes de poder ser esgotado. Com o petróleo observamos o actual constrangimento da capacidade de produção (só atenuado pela presente recessão económica) e vislumbramos a sua exaustão. A presente corrida ao gás natural, acelerada pela escassez (a prazo previsível) dos recursos de petróleo, num quadro de constante crescimento do consumo global (inexorável quando a China e a Índia exibem taxas de crescimento superiores à média mundial), colocará dentro de cerca de vinte anos constrangimentos semelhantes aos agora registados em relação ao petróleo.
Sem dúvida são urgentemente necessárias fontes alternativas de energia. Evidentemente as fontes de energia ambientais renováveis, mais amplamente distribuídas no planeta. Mas é também urgente reconsiderar o futuro da energia nuclear; ainda que as opiniões públicas em alguns países tenham atitude negativa e influência política para que a opção nuclear não prossiga, noutros muitos países, do ocidente ao oriente, a opção nuclear tem condições para avançar. Mas não só novas fontes de energia são solução nem suficientes. Também a utilização mais eficiente das fontes de energia permite a utilização mais eficaz dos recursos e reduzir a intensidade das emissões; ora existem muitas oportunidades tecnológicas comprovadas que merecem mais ampla difusão. Por outro lado, coloca-se agora seriamente na ordem do dia a oportunidade de captação e sequestro do dióxido de carbono em reservatórios naturais, evitando a sua emissão para a atmosfera; para o que existe já a experiência das indústrias petrolífera e petroquímica; mas que carece ser agora objecto de novos desenvolvimentos. De facto muita tecnologia está disponível, mas também muita investigação é necessária, no que respeita ao Clima naturalmente, mas no que respeita à Energia, igualmente. Lamentavelmente, nos últimos quinze anos observou-se um continuado retrocesso do financiamento em Energia no âmbito da AIE/OCDE, tendência que só foi invertida nos últimos três anos e apenas nalguns países mais desenvolvidos. O nível de financiamento neste sector em Portugal decaiu para um nível meramente simbólico.
A União Europeia protagonizou as negociações que levarão à implementação do Protocolo de Quioto. Por outro lado, antes da reunião de Marraquexe, a Comissão das Comunidades Europeias emitiu a Comunicação COM(2001)580, datada de 23 de Outubro, em que propõe um conjunto de medidas, iniciativas e directivas para levar à prática os objectivos do Protocolo. Os interesses económicos e a sua influência política no seio da União são óbvios. Provavelmente, a fuga à arriscada dependência face aos combustíveis fósseis, bem como a criação de condições favoráveis à reconversão das indústrias dos sectores energético, transportes, indústria transformadora e bens de consumo, e ainda a abertura de novas oportunidades de comércio externo, serão as grandes motivações para o empenho político da União Europeia neste processo de Quioto.
Porém, a ausência de esforço significativo em investigação e desenvolvimento permite recear que os interesses em jogo são sobretudo financeiros e comerciais, sem que haja condições para alterações significativas das estruturas materiais que conduzam a mais qualidade de vida com menos custos energéticos e ambientais.
O nosso país não dispõe de política energética nem de um plano energético formalmente articulados há quase vinte anos. A situação não é melhor nos sectores transporte e residencial.
O governo português divulgará esta semana o seu programa nacional para as alterações climáticas. Certamente transporá as orientações elaboradas pelo European Climate Change Programme. Veremos quais as metas sectoriais e quais os mecanismos de contabilização e verificação. E veremos também como as competências científicas e técnicas existentes no país e como os cidadãos em geral (que costumam ser designados por consumidores ou utentes...) serão chamados e terão oportunidade de exercer os seus direitos e deveres.


Rui Rosa

6/23/2007


A economia necessita de mudar em Portugal…

As mudanças nem sempre são boas para certos agentes sociais, no entanto para a economia é sempre um passo em frente que permite mudar e inovar sem que para tal seja necessário uma mudança forçada por agentes estrangeiros, e sempre com um custo de oportunidade superior ao inicial.
Em Portugal existem agentes que infelizmente continuam a influenciar negativamente as decisões que do estado, que deveria ser autónoma e independente. Vejamos por exemplo o novo aeroporto, todos sabemos a confusão que se tem gerado à volta deste tema, e mesmo assim ainda não tenho a certeza que a decisão última a ser tida em consideração acabe por ser a mais correcta e economicamente melhor, mas mesmo assim saberemos sempre que existirão agentes que influenciaram a primeira escolha, a mudança e possivelmente a ultima escolha. Muitas vezes as escolhas erradas e sem coerência, tem custos superiores ao inicialmente orçamentado sempre com custos para os contribuintes que directamente e indirectamente são sempre os mais afectados negativamente ou positivamente.
A economia deve funcionar tendo o estado como regulador e não como principal agente a influenciar, pois nesse caso a escolha deixará de ser feita pela concorrência e óptima maximização dos recursos que vão ser utilizados, mas sim pelo principal interesse de agentes políticos e dos seus principais financiadores, tal como sucede hoje, ao nível nacional, regional e local.

Jorge Ferreira

6/18/2007


A Europa vs o Médio Oriente.

A guerra continua e cada vez mais no médio oriente, com mudanças e radicalismo cada vez mais acesso, parece evidente que existe um conflito histórico que cada vez tem menos capacidade de se resolver. Mas será que não é o ocidente que permite e cultiva este conflito?
Esta poderá ser uma justificação que nos permite cada vez mais acreditar que talvez alguns países ocidentais como sendo o EUA, penso ser a única forma de evitar conflitos nos territórios ocidentais assim como actos terroristas.
Hoje sabemos que os conflitos no Afeganistão, no Iraque e na Palestina, são um desgaste das forças terroristas que com as perdas do poder nestes países tem cada vez mais aumentado o seu desgaste e investimento financeiro em guerras que até à 10 anos atrás não só não existiam mas como eram zonas onde se podiam preparar as organizações aqui visadas.
A Europa tem neste contexto um papel cada vez mais fundamental, a necessidade de imparcialidade e capacidade de se tornar uma carta importante para cada um dos pólos, no encontro da paz. Mas este pode também ser uma oportunidade única para a economia europeia, quando este pode ser uma porta aberta a países onde a reconstrução mas também o investimento empresarial é um prémio importante para que nele apostar. Para isso é importante que um dos países da união europeia, possa contribuir utilizando as suas influências para melhor as condições de saúde das populações do médio europeu, a educação e tudo o que humanamente deve ser uma verdadeira realidade numa sociedade bem organizada. Só desta forma será possível construir um futuro sustentável, acreditando que cada um dos passos que for dado deverá ser sempre dado com a certeza que não irá suceder um volta atrás. Mas neste aspecto não podemos esquecer que o EUA é amigo em Israel mas não é em todos os outro vizinhos e países árabes, que encontram e revê em países como Portugal uma imagem de imparcialidade e possível fuga para a frente, na forma de organização e de defesa dos direitos humanos tão pouco respeitado pelos americanos. Mas não podemos esquecer que a importância do petróleo, e o significado de poder histórico nesta zona do mundo, é e terá um papel fundamental no desenrolar do futuro do médio oriente e do resto do mundo. Não se esqueçam que o 11 de Setembro era inimaginável se pensássemos no assunto dias antes do que sucedeu.

Jorge Ferreira Intervisao

6/17/2007

www.intervisao.blogspot.com


O caminho da economia mundial nos próximos 10 anos terá como principal cenário países que todos nós já esperávamos ser uma verdadeira realidade de crescimento.

Desde o inicio do ano, que as previsões relativamente à China, Índia e Angola eram uma continuação e aumento do crescimento económico e dos respectivos produtos internos bruto de cada um. Angola, é por exemplo uma realidade que já ninguém para, com um crescimento que se prevê que possa chegar aos 25% de aumento do PIB em 2007, é também ele uma porta aberta a novas realidades mas acima de tudo a um melhor aproveitamento dos seus recursos naturais. Mas será também importante uma aposta bem concreta na formação, como tem sido feito nos últimos anos, e que em Portugal é visível ao verificamos cada vez mais angolanos nas universidades portuguesas, com apoio do seu governo. Mas também uma aposta no melhoramento dos serviços em Angola, e de uma verdadeira aposta no melhoramento da qualidade de vida podendo assim a formação e o crescimento ser também sustentado com avanços sociais neste país.
Em relação à China o crescimento acima das duas casas decimais, tem permitido que a evolução económico-social seja também uma realidade. Cada vez mais o ensino e um regime que mesmo aberto, tem a sua rigidez que permite com clareza a definição de objectivos colectivos, que no seu todo fazem a China como o país que mais internacionaliza a sua população de forma a uma maior comercialização dos seus produtos.
A Índia, não ficando atrás tem apostado na formação, no entanto com algumas dificuldades no que toca à diminuição das diferenças sociais. Mas nada que a médio prazo não seja resolvido. Numa óptica de previsão será difícil pensar que estes países só têm um crescimento económico como o actual devido aos baixos custos da mão-de-obra, pois serão a médio prazo países como o Japão, onde os gastos e o consumo serão idênticos aos do ocidente.
Poderemos no entanto acreditar que o crescimento sustentado do economia na União Europeia, é na minha opinião o melhor caminho para um futuro próximo.

Jorge Ferreira Intervisao http://www.intervisao.blogspot.com/

6/04/2007



CDS-PP: Portas recorda Hélder Cravo como um dos "melhores militantes" e "um amigo"

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, recordou hoje o secretário-geral adjunto do partido Hélder Cravo, que morreu domingo, como "um dos melhores militantes do partido" e "um amigo".
"O partido perdeu um dos seus melhores militantes e eu perdi um bom amigo", sublinhou Paulo Portas, numa declaração enviada à Lusa.
Hélder Cravo tinha 53 anos e era delegado distrital do partido em Évora desde 2002, tendo também exercido o cargo de presidente da concelhia do CDS de Vila Viçosa.
No último Congresso, a 20 de Maio, foi nomeado secretário-geral adjunto do CDS e eleito para a comissão política nacional de Paulo Portas, órgão ao qual já tinha pertencido na anterior direcção do actual líder.
Em 2006, sob a direcção de Ribeiro e Castro, apresentou uma moção alternativa à do líder, "Mudar para Unir", que acabaria por não levar a votos, desistindo a favor do texto de João Almeida, actual secretário-geral do CDS-PP.
"O seu exemplo de dedicação, resistência e serviço aos outros ficará para sempre na nossa memória. A instituição prestar-lhe-á a merecida homenagem e o meu pensamento está nestas horas muito difíceis com a sua família", afirmou o líder do CDS-PP.
O funeral de Hélder Cravo, que morreu domingo vítima de ataque cardíaco, realiza-se hoje à tarde, pelas 17:00, em Vila Viçosa.

Lusa

6/03/2007


VAMOS ATRÁS DO 2 LUGAR!!!!! INFOCALIPO, Um valor adquirido...



A Pousada de Vila Viçosa


No Real Convento das Chagas de Cristo, na histórica Vila Viçosa, fundada D. Jaime, IV Duque de Bragança, foi edificada a Pousada D. João IV. Muito característica pelos seus labirínticos quartos temáticos, sustentados em lendas e contos, esta Pousada recuperou na íntegra as sucessivas e sobrepostas construções de celas, retiros e oratórios, mandados erigir pelas religiosas que ao convento recolhiam. As receitas conventuais constituem uma ementa de raros sabores.
História da Pousada:
Por volta de 1514 D. Jaime, IV Duque de Bragança, resolve fundar em Vila Viçosa, nas vizinhanças do seu paço, uma casa religiosa que servisse de Panteão às Senhoras da sua Casa e onde recolhessem as filhas do seu segundo casamento que não pudessem casar condignamente. Apesar de algumas diligências, o Real Convento das Chagas de Cristo ainda não está habitado quando morre D. Jaime, em Setembro de 1532. É pois por acção da sua viúva e do seu filho D. Teodósio, V Duque de Bragança, que a 8 de Fevereiro de 1533, dão entrada no Convento, com pompa e circunstancia, nove religiosas, tendo como abadessa uma irmã de D. Joana, a Madre Maria de S. Tomé. O mosteiro possuía tenças próprias consignadas vitaliciamente pelas famílias e tutores das professas, tendo a maior parte delas pago a construção de aposentos privativos com oratórios devocionais próprios. Em 1652, Cecília do Espírito Santo, poetisa e pintora natural de Lisboa professava no convento, onde ficou até à data da sua morte em 1723. Atendendo às suas qualidades artísticas, tudo leva a crer que muitos dos frescos que ainda subsistem no edifício sejam de sua autoria.
O Convento - A portaria original do convento abria para a Rua dos Fidalgos, através de um portão de alvenaria com ombreiras de mármore. O Claustro - Coração de todas actividades religiosas, foi terminado por D. Teodósio. Ao longo do claustro sucediam-se as capelas oratórias, casos de Corpo de Deus, Jordão, S. João Evangelista e a do Senhor Ressuscitado. Uma das últimas obras do convento foi no reinado de D. João VI a construção da casa do Arcebispo ou Beija-Mão, decorada com frescos geometrizantes.
Quartos
Além de 29 Quartos Standard e 2 Suites Cama de Casal, a Pousada possui 3 Suites com Duas Camas e 2 Twins de Luxo.Os Quartos dispõem de:
Ar/Condicionado
Tv Cabo
Mini-Bar
Secador de cabelo
Cofre
Roupões
Telefone
A Pousada dispõe de quartos temáticos: Quarto do Caçador, Quarto do Botânico, Quarto do Coronel, Twin Luxodo Poeta, Suite do Músico, Twin de Luxo do Professor, Suite do Pintor Viajante, Suite do Astrónomo, Suite da Infanta, Suite da Duqueza.
Gastronomia
Menu Regional
Sopa de Tomate com Enchidos
Cação de Coentrada
Borrego Assado à Alentejana
Doçaria do Convento de Vila Viçosa
No Restaurante D. Carlos recomendamos a nossa “Prova de Degustação”, sempre bem acompanhado pelos excelentes Vinhos da Região (Borba, Estremoz, Redondo, Reguengos e Évora). Aos Sábados ao Jantar poderá degustar o nosso majestoso “Buffet” tantas vezes elogiado pelos nossos Clientes. Durante o Verão às Sextas-feiras na Esplanada do Restaurante poderá saborear o nosso “Churrasco” Tradicional do Alentejo. Após tão majestosa Refeição os Doces Conventuais do Alentejo são uma “Doce Tentação”, a não perder o Manjar das Chagas e o Bolo Duque, bem como as Tibornas Doces, todos doces originários de Vila Viçosa. O bar “Sabores da Terra” é perfeito para petiscar e relaxar num especial momento de convívio, desfrutando de tudo o que o Alentejo, a sua gastronomia e tradições têm para oferecer.
Casamentos e Outros Eventos
O Restaurante D. Carlos, requintadamente decorado de forma a se poder fazer uma Viagem pelos sabores da Região, tem a capacidade de 100 pessoas. O Bar J. Jaime, dominantemente decorado com Quadros de motivos Equestres, referentes à Alta Escola Portuguesa, muito tranquilo e acolhedor é o local ideal para um aperitivo antes de Jantar e aproveitando a ligação à Sala e Salão dos Duques, onde poderá apreciar as gravuras dos sucessivos Duques de Bragança, bem como os desenhos originais da lavra da Rainha D. Amélia e onde pode repousadamente tomar um digestivo após uma refeição “majestosa”, no Inverno à Chama da Lareira que convida ao “Serão”, aos Sábados temos Piano para relaxar e para viajar desta forma pela História de Portugal. O Bar “Sabores da Terra” consiste na transformação da Antiga Cozinha do Convento em “Tasca” tipicamente Alentejana, onde se podem degustar maravilhosos “Petiscos”, por entre ”dois dedos de conversa” e um bom copo de vinho, convida a ficar sem pensar nas horas que passam como é tradição no Alentejo. A Esplanada adjacente permite desfrutar do Sol e dos cheiros das árvores que compõem este bonito recanto, tornando muito apetecível a permanência ao ar livre.
Actividades
na Pousada
Piscina para adultos/crianças
Snooker
Sala de jogos
fora da Pousada
Passeios de balão
Passeios pedestres
Visita às Adegas da Região (Borba e Estremoz)
Festividades:
Romaria de Nossa Senhora da Boa Nova – Abril
Feira das Tasquinhas – Maio
Festa dos Capuchos – Set
Feira dos Santos – Set



Três mulheres brasileiras com idades entre os 20 e os 30, que se dedicam à prática de alterne em bares na zona de Vila Viçosa, sofreram ontem um atentado na própria casa com um engenho explosivo artesanal. Apesar do estrondo provocado pelo rebentamento da bomba, não se registaram ferimentos nem danos materiais.

Passavam pouco minutos das 15h00 quando viram entrar pela janela do quarto, num primeiro andar no centro daquela vila alentejana, uma bomba artesanal composta por uma garrafa de água de 1,5 litros cheia de pólvora e areia. Uma das mulheres atirou-a para a rua, onde acabou por explodir.“Ficámos bastante assustadas e atirámos a garrafa para a rua. Só por sorte não rebentou dentro do quarto porque caiu com força no chão”, disse uma das brasileiras minutos antes de ser interrogada pela GNR, força que procedeu ontem à identificação de um suspeito e de várias testemunhas. Esta mulher disse ainda “desconhecer” o bombista.O caso, que está a ser investigado pela PJ, poderá estar relacionado com um ajuste de contas motivado por um relacionamento amoroso não correspondido ou por problemas financeiros.Segundo os vizinhos das brasileiras nada fazia prever o atentado. “Moram aqui há muito tempo, são educadas e não temos razões de queixa. O que fizeram podia ter tido consequências muito graves, não só para elas como também para as pessoas que podiam passar pela rua quando explodiu a bomba”, disse a vizinha Vicência Saúde.



Alexandre M. Silva, Évora


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