3/13/2006


BCP papa o BPI

O BCP anunciou o lançamento de uma OPA sobre o capital do BPI, oferecendo 5,70 euros por cada acção, ou 4,33 mil milhões de euros. Paulo Teixeira Pinto vai pagar um prémio de 19%. Caso a OPA avance, a «nova» instituição vai se transformar na maior cotada nacional, com um valor de 13,3 mil milhões. O BPI fechou em subida de 25,89% e o BCP perdeu quase 4%.
A contrapartida da oferta pública de aquisição (OPA) é de 5,7 euros por acção, a que corresponde um prémio de 19% face ao fecho de sexta-feira passada.
As acções do BPI, antes de serem suspensas, valorizavam 10,86% para 5,31 euros. As acções fecharam em alta de 25,89% para os 6,03 euros, o que avalia o banco em 4,582 mil milhões de euros.
O BCP, o maior banco privado nacional, após a queda de hoje de 3,95% para os 2,43 euros, fica avaliado em 8,719 mil milhões de euros.
Juntos, os dois bancos vão valor 13,3 mil milhões de euros, ou seja, uma OPA com sucesso tornaria a «nova» instituição como a maior cotada portuguesa.
A PT, até agora a maior cotada portuguesa, e ela própria alvo de uma OPA por parte da Sonaecom, está a ser avaliada em 11,35 mil milhões de euros.
No anúncio preliminar da operação, o banco liderado por Paulo Teixeira Pinto propõe-se a pagar 5,70 euros por cada acção do Banco BPI, um valor que compara com o preço de fecho de sexta-feira de 4,79 euros.
O banco diz que a oferta «é geral e voluntária», obrigando-se a adquirir a totalidade das acções do BPI. O Capital do banco está representado por 760 milhões de acções.
A contrapartida de 5,70 euros, segundo o BCP, fica sujeita à obtenção do registo prévio junto da CMVM; à não oposição do Banco de Portugal e da Autoridade da Concorrência.
Caso continue a existir a limitação à contagem dos direitos de voto, a oferta fica condicionada à compra de 90% do capital do banco liderada por Fernando Ulrich.
Num cenário de desblindagem, banca o BCP comprar 50,01% do capital para garantir o sucesso da oferta.
Actualmente, o BPI tem uma limitação de 12,5% e quer alterar esse limiar para os 17,5% na próxima assembleia geral de accionistas.
Caso venha a ultrapassar 90% do capital do BPI na OPA anunciada hoje, o BCP admite recorrer ao mecanismo da oferta potestativa que implica uma imediata exclusão da bolsa de valores.
O capital do BPI é detido em cerca de 16% pela La Caixa e pelo Itaú, em 8,8% pela Allianz, em 5,6% pelo Banco Santander Central Hispano e em 3,8% pelo próprio BCP, segundo informação de Junho de 2005.
No anúncio preliminar, o BCP diz deter apenas 0,04% dos direitos de voto do BPI.
O banco de Fernando Ulrich é o segundo maior accionista do BCP, detendo no final de Junho de 2005, 5,85% do capital do BCP, correspondente a 190.703.219 acções.


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