11/14/2009

Investimento público adequado e produtivo em Portugal e no Alentejo é possivel.

Portugal é dos países que na União Europeia mais tem ficado para trás ao nível do crescimento do PIB, é necessário retroceder até à década dos anos 20 para vermos um valor tão reduzido em relação ao crescimento do PIB, cerca de 0,47% a previsões do INE. Portugal teve desde o 25 de Abril, sempre um valor mais elevado nas importações que em relação às exportações, isto é, compramos sempre mais lá fora do que vendemos para lá, o que desequilibrou desde sempre a balança comercial com o exterior. Esse desequilíbrio para além de outras consequências provocam um desequilíbrio pouco sustentável, situação que justifica parte dos problemas estruturais pelos quais Portugal passa desde a década de 80.
O investimento público deve ser equilibrado, deverá sempre ter como principal objectivo a produção nacional de produtos e serviços que regularmente importamos, de forma a podermos numa primeira fase reduzir o buraco que existe entre exportações e importações. Num segundo período seria interessante reforçar a produção e inovação nos produtos em que somos exportadores pois só dessa forma retiramos mais-valias adequadas ao equilíbrio sustentável que é desejado para a economia portuguesas e que desde sempre foi inalcançável.
Ao nível energético penso que Portugal fez a melhor aposta que poderia ter feito, optando por energia verde, com uma aposta concreta nas energias renováveis, com o incentivo às populações para poderem começar a aproveitar o sol a maior fonte energética que o homem tem transformando-se num campo onde somos deficitários para podermos começar a dar cartas a partir de 2017, altura em que poderemos a este ritmo garantir a nossa sustentabilidade energética.
Se quase todos os seres vivos que habitam da terra retiram a sua necessidade energética do sol, o que poderemos nós estar à espera de o fazer. Trata-se de uma central energética inesgotável se acompanharmos essa definição à existência do homem, pelo que só poderemos é virar os nossos olhos para o céu e absorver o calor e a força que o sol nos dá. Mas teremos em muitas outras forças naturais uma oportunidade de absorção e satisfação das nossas energias.
Ao nível de Vila Viçosa e mais concretamente o Alentejo, existe ainda um subaproveitamento das fontes energéticas que temos ao nosso dispor, sendo para tal apenas necessário que comecemos a olhar para o céu, a apanhar o vento que corre e a aproveitar a costa alentejana uma das menos coagidas de entre as existentes na costa alentejana pelo turismo. Em Vila Viçosa a necessidade de termos um reservatório de águas com aproveitamento energético, ou apenas a aposta em energias renováveis mais do que aquilo que tem sido feito, abre um leque de oportunidades que a médio prazo teremos que aproveitar, obviamente tendo neste momento o factor político como aberto a investimentos atendendo à idêntica cor politica existente entre a Câmara Municipal e o Governo, algo de forma bem concreta teremos que aproveitar. Vila Viçosa tem ainda que aproveitar os desperdícios do mármore, não só por questões ambientais mas acima de tudo pela simples razão de poder ser um produto rentável e de bom retorno, pois se os chineses o fazem seremos nós menos do que eles ao nível inovador. Acredito que algumas das ideias que estavam na gaveta de muitos empresários possam agora vir ao de cima, tendo em conta o carácter intelectual e conhecimento académico desta nova câmara, que apenas tem que apoiar a inovação no aspecto prático e construtivo. A energia é o bem mais necessário que o homem tem na sua economia.
Mas não podemos esquecer os problemas graves pelos quais a nossa economia esta a passar, com um endividamento acima dos 100% do PIB, com um défice bem para lá dos 3%, podendo este ano terminar nos 8,5%, com o desemprego acima dos 10% até final de 2009 conforme previsões da União Europeia, aquilo que muitos sempre falaram passou de meras especulações para uma realidade confusa e pouco prometedora. O poder politico actual tem diversos problemas, e poucas soluções, que não passem pelo corte das despesas correntes públicas, e nesse caso não falo de menos investimento mas sim de cortes nos serviços que fazem parte do estado e por consequente os seus funcionários. Falamos ainda da necessidade de emagrecimento monstro em que o estado se transformou, mas para tal é necessário que os políticos de esquerda, centro e direita, passem a ter uma postura correcta e virada para o desenvolvimento económico sustentado na redução dos custos. Os privilégios dos deputados são um exemplo disso, quando verificamos que por vias de veículos, desde viagens de representatividade assim como uma mesquinha relação com os interesses privados que utilizam os conhecimentos no governo para consecutivamente ganhem concursos públicos que depois quando é lançado o caderno de encargos os custos não só disparam como muitas vezes mais do que duplicam os valores iniciais.
A política é um cargo de interesse público que deve estar ao serviço das populações e não ao serviço dos próprios representantes. Portugal necessita de mudanças e elas deverão começar pela mentalidade, pois corrupto não é aquele que é apanhado mas sim aquele que comete o crime, por conseguinte um criminoso.

11/07/2009


O dia depois…

As eleições marcaram a mudança que tantos esperavam, conseguindo o Partido Socialista e mais propriamente o Eng. Caldeirinha Roma um resultado histórico com uma maioria absoluta que em relação ao município lhes permitirá governar de forma tranquila. A maior das duvidas que surge é da boa relação que o actual presidente da câmara municipal de vila viçosa terá que manter com os seus parceiros de câmara os vereadores socialistas, mas pelo que foi possível observar, existe um grande respeito na área da gestão. Em relação ao grupo de trabalho, e contrariamente ao que têm sucedido anos anteriores, teremos o Dr. Chagas um economista alentejano, na orientação económica e social do município, o que certamente provocará o surgimento de um plano organizacional ao nível económico e empresarial em vila viçosa. Do ponto de vista do desenvolvimento local, poderemos contar com um dinamismo económico diferente daquele a que estávamos habituados, assim como uma maior aposta em obras públicas de carácter reestruturantes.
No que toca à oposição, verificamos já na primeira reunião de câmara municipal, que o actual poder comunista, será pelo menos muito enfadonho, no que toca aos diversos textos que o poder nacional lhe distribui, e que estes fazem referencia na integra. Mas muito me estranhou na primeira reunião o Ex-Presidente, pedir melhores condições para a oposição, solicitando uma sala para trabalhar, um secretária ou alguém que lhes possa passar tudo aquilo que pretendam para tal a computador entre outras coisas. Muito estranhei este pedido de alguém que depois de 12 anos de presidência, ter no seu primeiro acto público declarado claramente que nunca deu condições às anteriores oposições, pois caso isso tivesse sucedido hoje seria um direito adquirido das oposições.
Em relação ao PSD, penso que a crise continua e veio para durar enquanto os actuais representantes não perceberem que têm que fazer uma politica para dentro das bases e não para alguns barões. O povo não teve nunca com este partido ao longo da campanha, e no que se refere a resultados mantém-se o péssimo resultado que tinha conseguido à 4 anos. O partido necessita de pessoas novas mas sabedoras do caminho, e será de esperar que a oposição interna e antigos lideres políticos que em 2003 deixaram o caminho aberto para os actuais representantes possam voltar às lidas da política nos próximos tempos. É no entanto de estranhar que alguns não vejam internamente o que todos já viram, pois uma campanha eleitoral local só terá resultados com as bases, e pelo que soube ao nível local, houve militantes locais que não receberam quaisquer convites para participarem em eventos políticos.
Em relação ao PP, a sua atitude de pouca ambição foi condenada pelo eleitoral, pelo que esperamos que ideias e melhores formas de fazer politica lhes permita na próxima crescer um pouco mais.
Destas mudanças via uma vila que certamente verá a mudança suceder de forma bem agradada, só estaremos para ver a real direcção da politica local.


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