3/17/2006


Os dirigentes sociais-democratas Dias Loureiro e Guilherme Silva manifestaram-se sexta-feira convictos de que a proposta para as «directas» tem condições para ser aprovada no congresso do PSD, mas escusaram-se a propor datas para a eleição do líder.

«É bom encerrar este capítulo, aprovando o que é o mais consensual no partido e passar para outro ciclo», afirmou Dias Loureiro, em declarações aos jornalistas, à entrada para o XXVIII Congresso social-democrata, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
O congresso destina-se a aprovar alterações estatutárias, sendo a alteração da forma de eleição do líder a mudança mais significativa.
Afirmando que «se tivesse direito a voto» no congresso votaria «sim às directas», Dias Loureiro recusou-se no entanto a avançar com uma data para a eleição directa do presidente do PSD.
«Isso depende do líder, não vou eu dizer uma data», afirmou, acrescentando que «o mais importante é encerrar o capítulo da vida interna do partido para passar à agenda nacional».
Também à chegada ao congresso, o deputado e membro da comissão de jurisdição nacional Guilherme Silva considerou que a questão da data da eleição directa «não é uma sangria desatada», já que a aprovação das «directas» é o mais importante.
«Não há nenhuma sangria desatada. Tem de se ver qual é o momento mais adequado. É uma questão que tem que ser avaliada pelo líder e pela comissão política nacional», afirmou Guilherme Silva.
Já o líder da distrital do Porto, Agostinho Branquinho, considerou que deve haver eleições directas «o mais urgentemente possível», propondo «fim de Abril ou princípio de Maio» para que depois o PSD «possa fazer oposição».
Por seu lado, o ex-secretário-geral do partido José Luís Arnaut afirmou que os militantes deviam dizer não à eleição directa do líder, mas frisou que «o que é importante é o partido estar unido daqui para a frente».
O antigo ministro justificou a sua oposição à proposta por «uma questão de coerência» com as posições que tomou nos congressos anteriores em que se bateu contra a eleição directa para o líder social-democrata.


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