Ó
Portugal terás saídas?
Já lá vão mais de 2 anos de governo, de uma verdadeira AD com a proteção
de um Presidente Social Democrático e uma maioria parlamentar. Também passou
algum tempo desde o início da crise financeira de 2008 nos EUA mas que muito
devido ao excessivo endividamento dos países do sul do EURO rapidamente se
alastrou á Europa. Hoje não posso deixar de reconhecer mérito ao trabalho de
Passos Coelho e das suas escolhas governamentais para gerir as pastas das
finanças, economia, saúde e mesmo educação, onde desde o princípio saberíamos
que ou por vias de cortes fundamentais ou derivado ao relevo e impacto no OE
teriam um árduo trabalho e influência. Mas também muito correu mal, onde o jogo
de interesses de alguns pilares do PSD ou mesmo as pragmáticas opções de intervenção
de Paulo Porta, trouxe em mais de uma vez dificuldades a um trabalho que só por
si seria e é difícil.
O PS deixou o país de rastos é verdade, principalmente pelas
opções politicas adotadas, mas também porque erradamente seguiram indicações de
contraciclo instruídas pela União Europeia em 2008, recordo que grande parte do
défice e divida pública surgiu nos últimos 2 anos de governo, e apesar de
responsabilidades partidárias a UE não soube de modo algum gerir este processo
na adoção de uma politica comum que permitisse uma estagnação pragmática do
arrastamento da crise iniciada ali bem ao lado nos EUA. Mas sabemos e teremos
que compreender que o PS é e será sempre uma das soluções do problema e não só sinônimo de erros e despesismo. Hoje não vejo realmente uma politica social
virada para os mais pobres, nem um ajustamento rápido entre regimes sociais que
beneficiam alguns em prol de outros, mas que sem qualquer dúvida seriam base sustentável
para uma redistribuição mais igualitária dos rendimentos e recursos disponíveis
na economia e que o PSD/CDS não tem tido capacidade de por em prática. A
solução terá sempre que passar pelo PS no acerto e atualização de diplomas e
matérias como a Constituição, planos sobre pilares de base do Orçamento de
Estado de períodos superiores a 1 ano, que permitiriam seguramente um maior
chamamento do investimento privado e estrangeiro que não só são sinônimo.
Portugal
continua a ser um partido de pouca inovação, mas principalmente de pouco entendimento
politico. Hoje sei que em 2015 o PS será sem qualquer dúvida governo, não só
pela insatisfação do povo, mas porque o PSD agora como sempre nunca soube
utilizar as suas mais valias intelectuais de forma honesta e fiel, sendo
sinónimo disso a inexistência de apoios ao ministro das finanças e economia,
que tem tido dentro do PPD-PSD um dos maiores críticos. Até Ferreira Leite,
mulher que avisara sobre esta situação, opta hoje por criticar apenas
ilustrando as opções erradas apesar de irem ao encontro dos pilares que
defendia. Não vejo ainda assim, em todos os anos de governos socialistas, uma
tão grande vontade do partido do poder em colocar no governo novamente os
adversários.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home