12/30/2006


ALA É GRANDE, FORAM AS ÚLTIMAS PALAVRAS.


28 anos de DAKARA


A aventura começou em 1977. Thierry Sabine perdeu-se na sua moto no deserto da Líbia durante o rali Abidjan - Nice. "Salvo das areias" in extremis, o piloto regressou a França subjugado pelas paisagens de sonho. Thierry Sabine prometeu na altura partilhar a sua descoberta com um máximo de pessoas e esse foi o seu objectivo: trazer um máximo de pessoas para esta imensidão de areia.Thierry Sabine imaginou assim um percurso extraordinário com partida na Europa. O traçado passaria em seguida por Alger, atravessando depois Agadez para terminar em Dakar. O projecto concretizou-se rapidamente.O Paris-Dakar abriu-se a um mundo desconhecido, no qual o seu criador, Thierry Sabine, surge como um verdadeiro pioneiro. O seu lema era então: "Um desafio para os que partem. Um sonho para os que ficam." A África, continente de múltiplas facetas, oferece um elixir perfeito que mistura o sonho e a competição. Em 26 de Dezembro de 1978, partiu da Praça do Trocadéro o primeiro Paris-Dakar. Foi há mais de um quarto de século...

Iraque: Saddam Hussein foi hoje executado em Bagdad

Lisboa, 30 Dez (Lusa) - O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein foi executado esta madrugada por enforcamento em Bagdad, acontecimento que mereceu a reprovação de grande parte da comunidade internacional, mas foi entendido por Washington como "uma etapa importante" para o povo iraquiano.

12/25/2006


Um Alentejo que precisa de mais preço e melhor qualidade e ainda menos quantidade.

O que é mais de 30 anos depois do 25 de Abril o nosso Alentejo, no que toca ao desenvolvimento, investimento e melhor aproveitamento de todos os fundo comunitários? Eis aqui uma questão que a todos alentejanos nos deveria preocupar, tanto ao nível do desenvolvimento da região assim como a uma verdadeiro aproveitamento de condições únicas no mundo e que através da qualidade deveremos dar a conhecer. Quando começo a pensar sobre este assunto, penso logo nos fundos comunitários que se desaproveitaram, gastando-se esse mesmo capital e essa oportunidade em subsídios a agricultores e culturas que somente seriam rentáveis, se atrás das suas despesas viessem sempre os subsídios, evidentemente que essa situação mais tarde ou mais cedo chegou ao fim. Mas o que poderemos na realidade hoje fazer para mais e melhor. Devemos apostar essencialmente na qualidade, reduzindo ou na pior das hipóteses mantendo as nossas quantidade produzidas, não esquecendo que a melhor forma de ganhar um mercado, não é inundando de produtos idênticos, mas sim em quantidades inferiores à procura de forma a originar sempre uma maior procura do que a produção. Essa situação vai não só permitir que o produto seleccionado para o mercado seja o de melhor qualidade, aumentando os preços o que tornará mais rentável a sua comercialização mesmo com quantidades inferiores, do que inundando o mercado com produtos que teriam como preço final uma redução muito grande, dado existir mais oferta do que procura. Não poderemos nunca esquecer que de uma forma clara, a situação que melhor advêm de um investimento sustentável no ponto de vista da rentabilidade é aquele que em termos gerais tem menores custos mas que o preço por unidade é superior ao dos custos de capital e trabalho.
Desta forma não será difícil de compreender que a aposta que deveremos fazer, passa pela redução da quantidade de vinho produzida e utilizado, devendo-se escolher sempre o melhor e com um nível de rentabilidade minimamente aceitável. Pelo que a redução da quantidade de vinho que colocamos no mercado poderá ser um exemplo, mas o que não dizer da quantidade de mármore, que neste caso, se existir uma redução de 5% da extracção que actualmente existem, já faria alterar de forma significativa o preço por unidade, aquilo que uma empresa iria poupar nos custos, e de total, seria melhor. Por outro lado os preços da pedra seriam superior, e a qualidade melhor, pois a selecção seria mais requintada, não se esquecendo que a imagem vale muitas vezes mais do que uma boa campanha de marketing.
Por outro lado acho que está na altura de ser aprovado uma leia, que permita uma maior descentralização, nas decisões e no investimento. A regionalização é na minha opinião um caminho que deve desta vez ser seguido de forma bem claro. Regiões como o Alentejo teriam muito mais a ganhar, pois a descentralização das decisões iria permitir uma maior pressão, para alem de permitir que cada uma das regiões gastasse a sua riqueza.
Somos imagem de valor e de qualidade e isso deve ser verdadeiramente aproveitado, a imagem da marca ALENTEJO tem que ser explorada de melhor forma e com muito mais ênfase, dados os níveis de rentabilidade que poderemos conseguir desse investimento. Desta forma o azeite, o vinho, o café, a mármore, entre muitos outros produtos iriam conseguir o seu lugar no mercado, não pela quantidade comercializada, mas sim pela importante imagem que dariam no seu verdadeiro significado de qualidade e de produto único como é concedido e criado. Mas claro esse caminho nunca será seguido pelo governo, não só porque não há esse interesse, do ponto de vista de possíveis custos como do ponto de vista do que vale o Alentejo em termos de votos, muito pouco como sabemos, mas será do maior interesse dos municípios e dos privados. Por isso vos digo, que se de algo sabemos nós é fazer com qualidade.

INTERVISAO (www.intervisao.blogspot.com)

12/23/2006


O Infocalipo deseja a todos um santo natal, e boas festas.

12/22/2006

Infocalipo o 3 Blog, mais visitado de Vila Viçosa, foi considerado tambem como um dos mais importantes. estamos de parabens.

12/20/2006

Correio da manhã


Os 19 hospitais com serviço de cirurgia (chamados ‘hospitais de agudos’), pertencentes às Misericórdias, vão recusar-se a fazer a interrupção voluntária da gravidez (IVG), mesmo que o ‘sim’ saia vencedor no referendo ao aborto, marcado para o próximo dia 11 de Fevereiro.
Apesar de nem todos terem a especialidade de obstetrícia, a decisão de dizer “um não redondo ao aborto está tomada e é para o futuro”.Fonte da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse ao Correio da Manhã que “as Misericórdias são organismos católicos e que devem obediência ao titular da diocese onde se inserirem”, pelo que os prelados entendem como “lógica” uma postura de recusa à prática do aborto nos seus hospitais.Aliás, anteontem, o Conselho Permanente da CEP aprovou a criação de uma equipa de teólogos e juristas para fundamentar o funcionamento das Misericórdias e a sua relação com as dioceses.Apesar de o texto não fazer referência ao aborto e apresentar como fundamento o facto de as Misericórdias possuírem um vasto património e serem, por isso, alvo de muitos interesses, os provedores não têm dúvidas de que, além de aspectos materiais, “a posição episcopal implica também matéria do foro ético”.Em todo o caso, o mais provável é que os bispos, apesar da confiança que depositam nos provedores, lembrem, nas suas dioceses, quais são as orientações da Igreja nesta matéria.“Nós não precisamos de nenhuma recomendação formal, porque sabemos bem em que pilares assenta o fundamento das Misericórdias”, disse ao CM Bento Morais, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, proprietária de um dos 19 hospitais em causa. No entanto, o responsável admite que os bispos possam, “formal ou informalmente, lembrar que as Misericórdias têm valores fundamentais de que não se podem desviar um milímetro”.Dos 51 hospitais propriedade de outras tantas Misericórdias portuguesas, 32 têm apenas serviço de cuidados continuados, mas 19 são ‘unidades de agudos’, ou seja, hospitais com serviço de cirurgia nas mais diversas especialidades.O Hospital da Prelada, no Porto, o Hospital do Entroncamento, assim como os hospitais de Vila Verde, Riba d’Ave e Marco de Canaveses são alguns exemplos de ‘hospitais de agudos’ pertencentes às respectivas Misericórdias.“Os médicos cirurgiões que aqui trabalham conhecem bem os nossos princípios e, mais do que isso, concordam com eles, pelo que só farão um aborto quando estiverem perante um caso de vida ou de morte”, disse ao CM Bento Morais.Estes 19 hospitais juntam-se a outras cinco clínicas e hospitais privados que, segundo o ‘Expresso’, mesmo que o ‘sim’ saia vencedor no referendo, se vão recusar a fazer a IVG: Hospital da CUF, clínicas de Santo António e Todos-os-Santos, em Lisboa, Clínica da Boavista, no Porto, e Clínica de S. Lázaro, em Braga. UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS VOTA PELO 'NÃO'O assunto ainda não foi discutido desde que o Presidente da República marcou o referendo ao aborto para 11 de Fevereiro do próximo ano, mas é “mais do que certo” que a União das Misericórdias assumirá a posição clara de votar ‘não’ à pergunta a ser colocada aos portugueses. “Ainda não é certo que se realize uma Assembleia Geral para o efeito, já que, aquando do referendo de 1998, foi aprovada por unanimidade e aclamação uma moção a reprovar totalmente o aborto, moção essa que continua inteiramente válida”, disse ao CM Manuel Lemos, recentemente eleito para a presidência da União das Misericórdias Portuguesas, cargo em que veio substituir o carismático padre Vítor Melícias. De resto, a ligação à Igreja Católica impediria posição diferente desta.ONDE FICAMAs 19 unidades de saúde propriedade das Misericórdias, que devem obediência às respectivas dioceses, estão espalhadas por todo o País, mas concentram-se sobretudo no Norte de Portugal, A opção pelo ‘não’ ao aborto justifica-se pela ligação à Igreja.- Póvoa do Lanhoso- Riba D’Ave (Guimarães)- Vila Verde (Braga)- Esposende- Felgueiras- Fão- Vila do Conde- Lousada- Paços de Ferreira- Marco de Canaveses- Resende (Viseu)- Prelada (Porto)- Valpaços- Mealhada- Leiria- Entroncamento- Lisboa- Évora- Portimão

12/17/2006


Um centro de saúde que do papel dificilmente sairá, e tudo por questões politicas.

Vila Viçosa tem sido ao longo dos últimos anos, uma das terras que mais tem sido prejudicada pela política. Com diversos partidos políticos, sempre cada um tomando um caminho diferente do outro e com um leque de influencias que contrariamente ao que seria de desejar, não ajudam minimamente mas sim prejudicam os interesses maiores da nossa terra, levam a não serem satisfeitas as verdadeiras necessidades da população.
Qual seria a prioridade, um quartel de bombeiros ou um hospital, perguntam muitos quando vê que o maior proveito destas instalações será para os próprios bombeiros, pois sabemos que a população directamente não irá usufruir das instalações, mas sim dos veículos, mas para isso não é necessário um quartel novo, digo eu, façam obras no actual. Nesta opção por exemplo, abdicou-se do interesse maior da população, para o de alguns interesses particulares, só pode ser isso, pois o interesse dos calipolenses não foi salvaguardado. Sempre que vejo um edifício como o qual está a ser construído, vejo ali o maior investimento calipolense em obras públicas para os próximos 10 anos, mas ao mesmo tempo vejo que nos próximos anos não será feito o centro de saúde, que tão necessário é para a população e que tanta falta faz.
Hoje sabemos que o poder governativo, abdicou de Vila Viçosa, para poder construir em Borba, no Alandroal, em Estremoz e muitas outras terras que geograficamente nos são próximas. Claro que quem decide neste tipo de coisas, são os responsáveis do governo numa primeira face e numa segundo o poder distrital dessa mesma cor partidária, nisso penso que não haverá duvidas, o que me preocupa é o PS ter tão pouco interesse pela nossa população, um povo tão nobre e que ao longo dos anos tem honrado o ser português. Claro que de uma forma bem directa, quem sai perdendo é o PS local, que possivelmente sem poder fazer nada, não tendo capacidade de influenciar uma decisão superior não consegue minimamente ajudar os calipolenses.

● Mas o que poderá realmente acontecer em relação à saúde de Vila Viçosa, poderá fechar as portas de forma definitiva, tendo como base o que levou ao fecho de tantas maternidades pelo país fora? È uma grande possibilidade.
● E o que poderá o poder local fazer para mudar isso, será que todos os partidos estão pelo interesse dos calipolenses? O actual poder local se conseguisse um centro de saúde era uma grande vitória para eles, por isso nada tem a perder, já outros partidos, não sei.

O que certamente tenho muito claro, é que se o poder distrital e nacional que decide sobre esta matéria, por ventura se lembrar de fechar as portas do que resta, claramente iremos todos para a rua, e acreditem que dificilmente o PS ganhará um só vereador em Vila Viçosa, se por causa do Eng. Sócrates a nossa saúde estiver em causa. Somos portugueses e calipolenses, mas não nos obriguem a cortar definitivamente com um poder que serve o interesse de outros e não o dos calipolenses.

Infocalipo

12/16/2006


Maria José Morgado tem plenos poderes para avançar com investigações a todos os casos de corrupção no futebol português relacionados com o processo ‘Apito Dourado’, mas vai discutir com Pinto Monteiro todos os nomes da equipa que a vai acompanhar. Ontem, aliás, Pinto Monteiro e Maria José Morgado conversaram sobre a equipa que já está a ser constituída
No caso dos magistrados do Ministério Público (MP), há três nomes que estão a ser equacionados e que já foram sondados. De acordo com as fontes judiciais contactadadas pelo CM, estão em causa três procuradores com “provas dadas” ao serviço do MP: “São extremamente competentes.”“O grupo de trabalho ainda não está acabado de constituir e vai ter cerca de dez pessoas”, afirmou fonte da Procuradoria-Geral da República, frisando que nem Pinto Monteiro nem Maria José Morgado têm a intenção de publicitar o nome das pessoas que a partir de segunda-feira vão começar a trabalhar nas instalações da PGR. “Vão ser escolhidas pessoas com qualidades especiais”, acrescentou a mesma fonte da PGR.Quanto aos inspectores da Polícia Judiciária que irão juntar-se à equipa que vai investigar todos os casos relacionados com as 81 certidões extraídas do processo ‘Apito Dourado’, fonte da Direcção Central de Investigação e Combate à Criminalidade Económica e Financeira (DCICEFF) assegurou que também já estão a ser equacionados vários nomes. Alguns deles, como Carlos Farinha, Sérgio Bagulho, Sacramento Monteiro, Pedro Fonseca e José Peneda, já trabalharam com Maria José Morgado, quando a procuradora liderou a DCICEFF, entre 2000 e 2002.“Nos corredores da PJ, esses são alguns dos nomes mais falados para se juntarem a uma personalidade que sempre teve uma relação muito próxima e cordial com as pessoas com quem trabalhou no combate à corrupção. Estão à espera que o telefone toque”, diz a mesma fonte.Maria josé Morgado, aliás, já confirmou que vai “trabalhar com uma equipa pequena”, constituída por “três procuradores e três inspectores da PJ”.Em relação aos meios de que a nova equipa de combate à corrupção no futebol irá dispor, o ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou ontem que não haverá qualquer problema. “A nossa atitude em relação ao Ministério Público e às suas investigações foi sempre estar disponíveis para colaborar com todos os meios que estejam ao nosso alcance e é isso que já está a acontecer noutros processos”, disse Alberto Costa.Ontem, durante cerca de três horas, Maria José Morgado esteve com Pinto Monteiro, reunião a que assistiu o procurador distrital de Lisboa, Dias Borges. No final da reunião, Maria José Morgado, que não quis prestar qualquer declaração, saiu da Procuradoria no mesmo carro de Dias Borges.

12/10/2006


Como e porque falar do aborto.

Pelo que parece existe muita gente interessada na legalização do aborto em Portugal, tanto que num curto espaço de alguns anos dói referendos virão novamente gastar os euros dos muito contribuintes. Mas qual será a sua legalidade efectiva se ao analisar a situação eu puder responder que se o sim ganhar, eu quero um novo referendo para desempatar em menos de 6 anos. A legalidade e a verdadeira razão de defender tal situação é mais do que lógica.
Muito se tem falado ao longo deste últimos anos das razões que deverão levar os portugueses a dizer que sim á legalização do aborto, o tema tem sido por diversas vezes repescado pela esquerda portuguesa, sempre no intuito de se apontar ao dedo a quem no ultimo referendo defendeu o sim e votou por tal, aquilo que eu chamo de uma democracia à esquerda. Somos todos irmão e camaradas, mas se não votas no que eu te mandar viro-te as costas, a chamada politica à URSS, que como temos visto nos últimos meses mantêm o seu espírito de liberdade.
Mas o que me leva hoje a escrever sobre este assunto, é a necessidade de enquadrar esta actividade na área somente dos privados, isto é, quando pessoas estão a morrer, por doenças que a sociedade muitas vezes é a principal responsável devido á poluição ou mesmo a outras diversas situações e tem que esperar 2 ou 3 anos para ser operada ou 6 meses por uma consulta, não poderemos admitir que os abortos que tem urgência quanto ao tempo, venham empacotar isto ainda mais. Mas mais poderíamos dizer se referirmos que os custos não os vão suportar pessoas como eu, de modo algum, nem permito que o estado faça como o meu dinheiro, aquele que eu desconto mensalmente por horas e horas de trabalho, em abortos que poderiam ser evitados pela prevenção. Não podemos esquecer que quem anda á chuva molha-se, e no que a mim me toca, a lei já permite que o aborto seja feito, desde que existam problemas no feto ou risco para a mãe.
Mas no privado, ai o assunto já é diferente, concordo que o sector privado possa usar e abusar, mas não o público. Sou ainda da opinião que esses fetos deverão ser aproveitados para estudos científicos, ficando-se a mãe obrigada a disponibilizar de forma gratuita á ciência, de modo a que os avanços na área científica possam ser uma realidade. Imagino o que virão agora os que desejam o sim comentar sobre a brutalidade de usar esses fetos, será certamente não menos brutal do que obrigar os contribuintes gastarem mais do seu trabalho, não para a reforma, não para a saúde mas sim para abortos, muitas vezes de pessoas que nada dão á sociedade mais do que problemas, mas claro não sou a favor de afastarmos esses jovens do apoio que o governo e as instituições deverão dar, só que aquilo que o estado não conseguiu fazer, apoiando os jovens e as pessoas com problemas sociais, quer desta forma evitar que o problema se possa duplicar.
Por isso eu direi sim ao aborto, se ele for somente uma área que possa ser explorada pelos privados, e tendo este todo o direito de utilizar os fetos para a ciência. Serei do Não ser por ventura quiserem que eu pague por listas de espera maiores para que sejam feitos abortos, em caso de ninguém me explicar este assunto até ao referendo leva chapa não, como é óbvio.

Infocalipo

12/07/2006


Os aumentos das taxas de juro continuam.

O BCE sobe hoje as taxas de juro para 3,5%, e de forma bem concreta demonstra que os aumentos poderão não ficar por aqui, atendendo á situação actual do economia europeia, no que toca ás pressões inflacionista, principalmente nos maiores países económicos da união europeia.
Esta é a sexta subida dos juros desde que iniciou o ciclo em Dezembro do ano passado. No espaço de 12 meses, o custo de endividamento passou de 2%, o nível mais baixo dos últimos 60 anos, para os actuais 3,5%.
Entre os parceiros europeus, Portugal e a Grécia são os países onde é mais elevada a utilização de taxas variáveis associadas aos empréstimos para a compra de casa, de acordo com os dados recolhidos pelo Fundo Monetário Internacional. Por cá, mais de 90% dos créditos estão indexados a taxas como a Euribor, enquanto em países com a Bélgica ou a Alemanha, esta percentagem não vai além dos 25% ou 30% do total concedido. Da mesma forma, os dados da instituição internacional mostram que a maioria das pessoas que adquirem casa em Portugal, fazem-no recorrendo a hipotecas bancárias, enquanto na Grécia só 25% dos proprietários recorre à banca. De facto, a maioria do capital disponibilizado pela banca, uma fatia de 41,2%, é dirigida à aquisição de habitação.
Além disso, quem contrair este mês um empréstimo de, por exemplo, 200 mil euros, com um "spread" associado de 0,7%, terá agora uma prestação mensal superior a 1.000 euros, quando quem realizou a escritura há um ano tinha uma prestação inferior a 900 euros, o que se traduz num aumento superior a 100 euros para os novos contratos.
infocalipo

12/05/2006

Florbela Espanca



QUANDO TUDO ACONTECEU...

1894: A 8 de Dezembro, nasce Florbela Espanca em Vila Viçosa. - 1915: Casa com Alberto Moutinho. - 1919: Entra na Faculdade de Direito, em Lisboa. - 1919: Primeira obra, Livro de Mágoas. – 1923: Publica o Livro de Soror Saudade. – 1927: A 6 de Junho, morre Apeles, irmão da escritora, causando-lhe desgosto profundo. - 1930: Em Matosinhos, Florbela põe fim à vida. - 1931: Edição póstuma de Charneca em Flor, Reliquiae e Juvenilia e ainda das colectâneas de contos Dominó Negro e Máscara do Destino. Reedições dos dois primeiros livros editados. Verdadeiro começo da sua visibilidade generalizada.

FLOR BELA, RAÍZES E RAMOS


Vila Viçosa, final do ano de 1894, noite de sete para oito de Dezembro.

Antónia da Conceição Lobo sente as dores do parto. Nasce uma menina. Não vem ao encontro das alegrias da família. Não há assim lugar ao habitual regozijo de tais momentos. Não parece ter sido desejada por qualquer das partes. É baptizada como filha de pai incógnito. Avôs e avós também incógnitos. É-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição. Na literatura portuguesa será chamada Florbela Espanca. Apelido que receberá do pai, João Maria Espanca, já então levantado o véu encobridor. Curiosamente, o padre que a baptiza e a madrinha usam o mesmo apelido.
A mãe morre algum tempo depois.
Tem infância sem falta de carinhos e a sua subsistência não será ensombrada por insuficiências que atingem muitas das crianças que nascem em circunstâncias semelhantes.
O pai não a deixará desprovida de amparo. Ela própria assim o diz quando aos dez anos, em poema de parabéns de aniversário ao "querido papá da sua alma" escreve que a "mamã" cuida dela e do mano "mas se tu morreres/ somos três desgraçados" .
Será acarinhada pelas duas madrastas, como revelará na sua própria correspondência.
Ingressa no liceu de Évora. Num tempo em que poucas raparigas frequentam estudos, e bonita como é, apesar de umas tantas vezes afirmar o contrário, põe à roda a cabeça dos colegas.
Não são aqueles os primeiros versos. Antes já os escrevera com erros de ortografia. Naturalmente infantis, mas avançados em relação à idade. De algum modo, prenunciam o que virá depois.
Esta precocidade contrasta com um quê de desajustamento futuro, quando a sua escrita divergirá dos conceitos de poesia dos grupos do Orfeu, Presença e outras tendências do designado "Modernismo", e que emergem como as grandes referências literárias da época. Das quais Florbela parecerá arredada.
Inicialmente sem dificuldades económicas, como deixa perceber. Explicadora, trabalhará ensinando francês, inglês e outras matérias. Mais tarde, com vinte dois anos, irá cursar Direito na Universidade de Lisboa.
Publica vários poemas em jornais e revistas não propriamente dedicados à poesia, como seja Noticias de Évora e O Século ou de circulação local.
Edita os seus primeiros livros, Livro de mágoas em 1919, e em 1923 Livro de Soror Saudade, onde incluirá grande parte da produção anterior.
Refere o seu Alentejo e os locais ligados às suas origens, e exalta a Pátria em alguns poemas. Mas a sua escrita situar-se-á sobretudo no campo da paixão humana.
Contrai matrimónio por três vezes. Do primeiro marido, Alberto Moutinho, usa o apelido em alguns escritos, nomeadamente correspondência. Do terceiro marido, Mário Lage, juntará o apelido à assinatura usual, nas traduções que efectuará. Do segundo, António Guimarães, não parece haver reminiscências explicitas nos escritos de Florbela, que lhe terá dedicado obra que publica como Livro de Soror Saudade, titulo diferente do projectado e esquecendo a dedicatória.

AS FACES DUMA PERSONALIDADE


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Inquietações de Florbela: alma, amor, saudade, beijos, versos... Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a Tábua Cronológica.
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Como dizem vários estudiosos da sua pessoa e obra, Florbela surge desligada de preocupações de conteúdo humanista ou social. Inserida no seu mundo pequeno burguês, como evidencia nos vários retratos que de si faz ao longo dos seus escritos.
Não manifesta interesse pela política ou pelos problemas sociais. Diz-se conservadora.
Uma quase inventariação das suas diferentes personalidades desenha-se nas palavras de um dos seus contos, a que deu o titulo À margem de um soneto que integra o volume intitulado O Dominó Preto.
Inicia-o falando duma poetisa, a dizer que "vestida de veludo branco e negro, estendeu a mão delgada, onde as unhas punham um reflexo de jóias....", informando um visitante de que tinha fechado o seu "livro de versos... com um belo soneto!"
Segue, "num olhar... afogado em sonho" e "numa voz macia e triste" a leitura do soneto e termina com "o mal de ser sozinha"...suportando "o pavoroso e atroz mal de trazer/ tantas almas a rir dentro da minha!...."
O conto continua em tons e quadros que Florbela frequentemente considera como de si própria e aqui atribui a suposta romancista brasileira: "feia, nada elegante, inteligente, mas com o talento, o espírito e a graça, e sobretudo o encanto, duma imaginação extraordinária, palpitante de vida, apaixonada e colorida, sempre variada, duma pujança assombrosa."
Pondo na mente do marido da personagem, o seu próprio discurso, vai enunciando as "almas diversas que eram dela" e que "ocultava dentro de si".
Entrevê a personagem "imaculada, ingénua, fria, longínqua"; "inacessível e sagrada" de "imaterial beleza" e "a morrer virginal e sorridente".
Referindo um outro imaginário romance apresenta-se "ardente e sensual, rubra de paixão, endoidecendo homens, perdendo honras..."
Com alusão a terceiro presumível livro, qualifica-se "céptica e desiludida, irónica, desprezando tudo, desdenhando tudo, passando indiferente em todos os caminhos, fazendo murchar todas as coisas belas". Mente "dia e noite só pelo prazer de mentir" e "beija doidamente um amante doido."
Quem, ao ler a sua obra poética, a sua prosa, as suas cartas, os seus outros escritos, não a vê usar um milhar de vezes para si própria, termos semelhantes, ultrapassando até tais qualificativos e exageros?
Antes do final ainda a exaltação do ser poeta, que se pode considerar uma das suas constantes:
"- As almas das poetisas são todas feitas de luz, como as dos astros: não ofuscam, iluminam...."
Quem é realmente Florbela?
Ninguém é definível numa só dimensão, num só conjunto de qualidades. Todo o ser é uma intersecção de adjectivações diferentes e até opostas, ensina-me, desde a juventude, o meu amigo Diogo de Sousa, que cursava Filosofia.
No caso da poetisa tem a particularidade de ser ela própria a evidenciá-lo, permanentemente e sem constrangimentos. Parafraseando António José Saraiva e Oscar Lopes na História da Literatura Portuguesa: estimula e antecede o "movimento de emancipação literária da mulher" que romperá "a frustração não só feminina como masculina, das nossas opressivas tradições patriarcais...."
Na sua escrita é notável, como dizem os mesmos mestres, "a intensidade de um transcendido erotismo feminino". Tabu até então, e ainda para além do seu tempo, em dizeres e escreveres femininos.
Os referidos autores, em capitulo sob o titulo Do simbolismo ao modernismo, enumerando várias tendências como "método de exposição ... pedagógica" incluem Florbela num grupo que designam como "Outros poetas". Qualificam-na como "sonetista com laivos parnasianos esteticistas" e "uma das mais notáveis personalidades líricas".
O seu egocentrismo, que não retira beleza à sua poesia, é por demais evidente para não ser referenciado praticamente por todos.
Sedenta de glória, diz Henrique Lopes de Mendonça, transcrito por Carlos Sombrio.
Na sua escrita há um certo numero de palavras em que insiste incessantemente. Antes de mais, o EU, presente, dir-se-á, em quase todas as peças poéticas. Largamente repetidos vocábulos reflexos da paixão: alma, amor, saudade, beijos, versos, poeta, e vários outros, e os que deles derivam.
Escritos de âmbito para além dos que caracterizam essa paixão não são abundantes, particularmente na obra poética. Salvo no que se refere ao seu Alentejo.
Não se coloca como observadora distante, mesmo quando tal parece, exterior a factos, ideias, acontecimentos.
Curiosa é a posição da poetisa quanto ao casamento. Mau grado dizer que a única desculpa que se atribui é ter casado por amor (!!!), várias vezes se afirma inteiramente contra, apesar de ter contraído matrimónio por três vezes...
Entre os poetas seus preferidos destacam-se António Nobre, Augusto Gil, Guerra Junqueiro, José Duro e outros de correntes próximas. Interessa-se também por Antero.
Pela não publicação das suas obras, ora se mostra descontente por não encontrar editor para os livros que, após os dois primeiros, deseja dar a público, ora pretende mostrar-se desinteressada, mesmo desdenhosa pelo facto. Embora o desgosto seja saliente.
Passados perto de setenta anos sobre a sua morte são falados comportamentos menos ortodoxos em relação à moral sexual do seu tempo. Algumas expressões de emocionalidade um tanto excessiva para a época, embora não exclusivas da escritora, ajudam a suspeita.
Lembramos a sua correspondência e as referências ao irmão, Apeles. Os seus excessos verbais parece não passarem disso mesmo - imoderação para exprimir uma paixão. Aqui, exaltação fora do comum de um amor fraternal mas que não destoa do falar dos seus sentimentos.
Semelhante escrever na correspondência com uma amiga. Afinal nunca esteve junto dessa mesma amiga e apenas a viu em retrato.
Esses limites alargados na expressão do amor, da amizade e das afeições, são uma constante.
Fernanda de Castro, em escrito retido por Carlos Sombrio, explica as suas contradições, ao dizer" não soube viver sem quebrar preconceitos, algemas, correntes - e não teve coragem de os quebrar todos".
Florbela, poetisa, não pode ser separada da sua condição de mulher, das suas paixões, da sua maneira de ser, da sua vida, das suas contradições, humildade e orgulho, preconceitos, sua presença e ausência, seus amores e desamores, explica-me a minha jovem amiga Clara Santos, florbelista militante.
A sua única preocupação é ela própria, o amor, a paixão... o querer e o não querer. A par duma vida pouco comum para os cânones vigentes - dois divórcios e três casamentos em cerca de quinze anos - essa relação mulher-paixão e a exaltação ao exprimir-se sobre si própria, podem ter contribuído para os conceitos aludidos.
Repare-se neste começo de um dos seus mais conhecidos sonetos:

Eu quero amar, amar perdidamente !
Amar só por amar: Aqui ... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ...
Amar ! Amar! E não amar ninguém !
e no final da quadra seguinte
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Na época, conservadora como diz ser, leva a crer muito provavelmente, num viver que nos factos se coadunará e não se distanciará dos conceitos morais e sociais vigentes.

12/04/2006


As subidas das taxas de juro, vieram para seguir o seu caminho.

A verdade é quando muitos pensavam que isto seria uma pequena subida com um simples ajustes, esqueceram-se que a economia estava a iniciar e esta a iniciar o seu crescimento. Com valores acima dos 2,5% na zona euro, ou principalmente no que diz respeito ao coração europeu, as subidas de taxa de juro, tem demonstrado não ter efeitos como sendo o abrandamento no crescimento económico. Esta situação não só abriu as portas a subidas ainda mais altas, como permitiu que o inicial interesse do BCE, mudasse, pois agora o interesse não passa só pela manutenção da taxa de inflação, mas também, pelo melhoramento dos níveis de poupança, que na zona euro estavam abaixo do mínimo que o BCE considera ser necessário para que futuros investimentos tenham capacidade e liquidez, sem afectar a quantidade de moeda em circulação.
Em relação ao nosso país, o melhor é todos começarmos a pensar no que realmente queremos para o futuro. Hoje o português gasta em média mais 35% do que deveria, de forma a ter um futuro bem planeado e sem problemas de carácter financeiro. Quando hoje um jovem chega ao momento de compra da sua primeira casa, já tem em divida, o valor de um carro que nunca é inferior a 20.000€, o de umas viagens 2.500€ e certamente que o casamento que será dos mais belos, não irá custar menos do que 10.000€. Contas feitas, 32.500€ se a coisa tiver corrido bem. No entanto como são dois e serão independentes, pelo menos ao nível moral e intelectual, ainda teremos que adicionar mais 20.000€ para o carro do segundo. Contas feitas temos um valor de 52.500€, que numas primeiras contas terá uma prestação em média de 500€, e acreditem já estou a fazer as coisas por baixo. Se analisarmos que um apartamento não custa menos que 100.000€. teremos um valor total de 152.500€, e uma prestação mensal disto tudo na volta dos 1.000€. Como sabemos os portugueses que em média ganham 500€, mesmo que ganhem neste caso 650€ cada um, serão 1.300€, que em contas feitas ficarão com 300€ mês. Acham que o português faz as contas… NÃO.
Por isso, com uma humilde opinião deixo aqui uma ideia que penso ser importante. Os carros a gasolina são mais baratos, custam menos 5.000€ a 7.500€ e contas feitas a pessoa nunca vai gastar a diferença em gasóleo, isso é uma ilusão. Por outro lado existem carros com 4 ou 5 anos em muito bom estado, com isto poupam 25.000€ pelo menos sem falar do que se poupa com o casamento…
Certamente que este tipo de caminho que levei na minha analise não serve a muita gente, mas ele foi num sentido que pode ser adaptado, só quis que se apercebessem do que parece fácil é muito complicado, o dinheiro não estica.

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