2/24/2007



"Num país normal, Sócrates estaria no olho da rua", afirma Jardim

Em entrevista ao semanário "Expresso", o presidente demissionário do Governo Regional da Madeira chamou «tigre de papel» ao primeiro-ministro, acrescentando que «num país normal, Sócrates estaria no olho da rua». Quanto ao motivo da sua demissão apresentada esta semana, Alberto João Jardim, no poder há 30 anos, afirma que o fez para conseguir cumprir o que prometeu aos madeirenses.«Acho chato isto de um gajo fazer promessas e depois não as cumprir», justifica, ameaçando levar para fora das fronteiras as «patifarias do Estado Central» e «denunciando-as» junto da comunidade internacional na altura em que Portugal presidir à União Europeia, na segunda metade deste ano.Recusando «atitudes separatistas», Jardim diz que o governo regional que sair das próximas eleições terá legitimidade para se «dirigir aos governos europeus e às instâncias internacionais para se queixar de uma situação que está a acontecer em Portugal».O assegura o líder regional do PSD acrescenta ainda que compete aos portugueses, «no seu próprio interesse», derrubar o governo socialista de Lisboa nas eleições de 2009, sustentando que «não podem continuar a cantar o fado, a gostar da fatalidade».«Em qualquer país normal em que o primeiro-ministro tivesse mentido aos portugueses como mentiu aqui, estava no olho da rua. Veja como em situação semelhante, ocorrida na Hungria, o sarilho que tem sido só pelo primeiro-ministro ter admitido que também mentiu aos húngaros», compara.Mas Alberto João Jardim não se fica por aqui nos ataque, e afirma que «o senhor Pinto de Sousa conhecido por engenheiro Sócrates tem aquela acutilância e aquela força toda quando vai ao Parlamento, porque ainda ninguém lhe fez frente». E acrescenta: «A partir do dia em que alguns deputados comecem a atirar-se a ele, toda a gente vai perceber que não passa de um tigre de papel».Entretanto, numa outra entrevista, publicada no semanário "Sol", o líder regional do PSD afirma que as próximas eleições regionais antecipadas, que gostaria que fossem em Maio e Junho, serão a sua «última batalha» política.Relativamente ao PSD, aposta na sua vitória nas legislativas de 2009, altura que pretende ver o actual líder social-democrata, Marques Mendes, como primeiro-ministro.
Infocalipo/Lusa


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