2/25/2007



Renováveis devem atingir um terço da produção da EDA em 2010

Neste momento, apenas a ilha de São Miguel produz energia geotérmica, através das centrais da Ribeira Grande e Pico Vermelho, mas a EDA está a investir 38 milhões de euros para instalar uma central que vai aproveitar o calor do interior da terra de 12 mega- watts na Terceira.
As energias renováveis deverão representar, dentro de três anos, um terço da produção da eléctrica açoriana (EDA), que prevê efectuar 43 milhões de euros de investimentos durante este ano, anunciou o presidente da empresa.
Em declarações à agência Lusa, Roberto Amaral adiantou que a empresa está a "investir com prioridade" nas energias não poluentes que, em 2006, representavam 16,6% da produção energética na Região, um valor que deverá subir até aos 25,5% este ano.
"Com os investimentos em curso na ilha Terceira, a taxa de penetração das energias renováveis nos Açores passará a ser de 32% em 2010", afirmou Roberto Amaral.
Na estrutura de produção do grupo EDA do último ano, 83,3% correspondeu a energia térmica (75,6% de fuel e 7,7% de gasóleo), 10,7 geotérmica, 3,8 hídrica e 2,1 eólica.
Neste momento, apenas a ilha de São Miguel produz energia geotérmica, através das centrais da Ribeira Grande e Pico Vermelho, mas a EDA está a investir 38 milhões de euros para instalar uma central que vai aproveitar o calor do interior da terra de 12 mega- watts na Terceira, através de uma empresa do grupo.
"Estamos ainda numa fase de prospecção", explicou o responsável da EDA, acrescentando que o primeiro furo, com 1.500 metros de profundidade, já foi concluído e esta semana será feito um segundo.
Roberto Amaral prevê que, em 2010, seja mesmo possível alcançar um ano inteiro de produção de energia não poluente na Terceira, ilha que ficará com uma taxa de penetração de renováveis na ordem dos 40%.
Neste momento, a ilha das Flores é que regista a taxa de penetração de energias renováveis mais elevada, produzindo 52% da energia não poluente, disse.
Apesar dos estudos e investimentos a realizar pela EDA para aumentar a produção de energia hídrica nas Flores, a autonomização eléctrica total, durante os 365 dias do ano, dificilmente será uma realidade.
"Uma autonomia a 100% das Flores vai ser difícil alcançar", reconheceu Roberto Amaral, alegando que, durante o Verão, a retenção da água é mais escassa, por não existir barragens na ilha.
No global, a EDA prevê investir este ano um total de 43 milhões de euros, essencialmente, na melhoria da produção e distribuição da energia térmica pelas nove ilhas açorianas.
As ilhas de São Miguel (oito milhões de euros) e Terceira (8,3 milhões euros) concentram investimentos superiores a 16 milhões de euros, disse.
O presidente do grupo EDA anunciou, ainda, que a nova central termoeléctrica do Corvo, a mais pequena ilha do Arquipélago, onde residem cerca de 400 habitantes, será inaugurada no Verão.
O grupo EDA, que emprega 876 pessoas, é composto por cinco empresas: EEG (responsável pelas energias eólica e hídrica), GEOTERCEIRA, GLOBALEDA, SEGMA e SOGEO (energia geotérmica).
O consórcio liderado pelo grupo açoriano Bensaude foi o vencedor do recente concurso para a reprivatização de 33,92% da eléctrica, que assegurou aos Açores um encaixe de 38 milhões de euros.
O Governo Regional detém 50,1% do capital social da EDA, enquanto que 10% pertence à EDP.
Infocalipo/A


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