INTERVISÃO - Vila Viçosa

O petróleo deslizava cerca de 1% depois dos Estados Unidos terem revelado que a capacidade de produção das refinarias registou o maior aumento desde Março, o que está a contribuir para que o mercado acredite que não vai haver carência de combustíveis.
Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt

O petróleo deslizava cerca de 1% depois dos Estados Unidos terem revelado que a capacidade de produção das refinarias registou o maior aumento desde Março, o que está a contribuir para que o mercado acredite que não vai haver carência de combustíveis.
A evitar maiores queda do preço da matéria-prima está o facto do Departamento de Energia norte-americano ter anunciado que as reservas de crude e de combustíveis ficaram aquém do esperado pelos analistas.
O "brent" [Cot], transaccionado em Londres, descia 1,63% para os 58,07 dólares e o West Texas Intermediate (WTI) [Cot], negociado em Nova Iorque, recuava 0,75% para os 58,29 dólares por barril. Desde o início do ano que os preços do petróleo estão a acumular uma perda de 1,5% e de 4,5%, respectivamente.
As refinaria operaram a 88,9% da sua capacidade na semana passada, o que representa um aumento de 2,7 pontos percentuais face à semana anterior e foi o maior ganho desde Março.
Já no que respeita às reservas dos EUA, o Departamento de Energia revelou que ficaram aquém do esperado, tendo inclusivamente provocado uma subida dos preços logo após o anúncio.
As reservas de crude da semana passada aumentaram em 1,91 milhões de barris quando os analistas consultados pela Bloomberg previam um aumento de 2,6 milhões de barris.
Os inventários de gasolina e de destilados, onde se inclui o gasóleo rodoviário e o gasóleo de aquecimento (cuja procura dispara com a chegada do frio) diminuíram mais do que o esperado.
Os "stocks" de destilados desceram em 2,72 milhões de barris na semana passada, o que compara com uma previsão de descida de 1,17 milhões.
Já as reservas de gasolina caíram 2,80 milhões de barris quando os analistas esperavam uma queda de 925 mil.