10/16/2006

www.intervisao.blogspot.com


Perspectivas económicas para Portugal.

Mais uma apresentação de Orçamento de Estado, mas o que poderíamos esperar se não mais cortes nas despesas. Mas devemos analisar de forma bem clara e sem qualquer margem de tendência politica ou clubista, pois só desta forma poderemos esperar sermos verdadeiros nesta análise.
O estado desde há muitos anos sofre de problemas ao nível do rigor na obtenção e concretização dos seus objectivos. Este orçamento permite por um lado, verificar que a tendência de redução dos custos é uma realidade e que o maior rigor na obtenção de lucros e recursos é um objectivo. Durante este ano que passou alguns objectivos foram acertadamente concretizados, destacando concretamente o ataque que o Eng. Sócrates fez de forma bem efectiva aos funcionários públicos e ao sistema central e público. Não era possível que eles continuassem a viver num pais completamente diferente daquele que o restante dos portugueses vive. Hoje sabemos que a mobilidade dos funcionários públicos é uma necessidade porque muitos deles estão a mais no emprego que ocupam, e muito certamente não tem capacidade para ocuparem os lugares e desempenharem o que desempenham.
Em relação ás medidas levadas a cabo no que toca á recuperação de impostos já considerados como perdidos ou então sem qualquer plano de recuperação, o governo tocou no que existia de mais sagrado para muitas dessas empresas, as suas contas bancária e o seu bom nome. Penso que mais uma vez esta foi uma medida equilibrada e bem sensata. A verdade é que o aumento dos valores recuperados no plano fiscal permitiram que os activos do plano orçamental do governo aumentassem e que a ultima hora se tivesse que aumentar bruscamente os impostos para se poder corrigir mais um deslize.
Em relação á forma como se tem cativado o investimento estrangeiro, ai considero que um grande caminho ainda há a percorrer, mas que certamente os primeiro passos já foram dados quando efectuamos acordos com algumas das maiores empresas do mundo ou mesmo as melhore universidades dos Estado Unidos estamos claramente a apostar numa confiante e forte formação. Em resume, queremos fazer mais e melhor ou então pelo menos igual ao que muito lá fora fazem como sendo bem fácil de gerir e levar.
Mas acima de tudo penso que este governo tem um grande problema pela frente, os custos cada vez menos suportáveis das greves e uma cada vez maior contestação por parte dos sectores mais desfavorecidos e com menos capacidade de fazer face á crise, serão certamente um apoio que o centro esquerda vai necessitar a quando da sua reeleição. A razão pela qual toco neste tema tão longe das eleições passa pelo facto de neste momento este ser um projecto a 8 anos e não só a este mandato. Penso que demos com a pessoa certa, não fosse uma escolha de direita para um cargo como o ministro dos negócios estrangeiros, uma demonstração que no PS quem manda são os socialistas mas no governo quem dá as cartas é o Sócrates.
As perspectivas da economia são bem diferentes, penso que de forma bem clara as previsões foram desta vez feitas por baixo. A economia portuguesa demora e custa a arrancar, mas uma vez tomado o balanço será inevitável a sua constante recuperação, desde que no entanto as politicas de rigor orçamental se mantenham assim como o continuo ataque a quem está mal e não se quer mudar.
No campo da exportações, considero para este ano, um aumento real superior aos 5%, pois continuamos a contar com um factor que é o da mão de obra barata, não poderemos esquecer que os novos membros da união europeia a pouco e pouco vão se chegando á média europeia, enquanto que nós continuamos no mesmo sitio que em 1996. Por outro lado as importações serão a pouco e pouco um menor problema. Existe no entanto algo que me preocupa, que eu e metade do país fazemos, e que certamente continuará a ter consequências gravosas. Sempre que passarmos a fronteira para abastecer de combustível o nosso veiculo e de encher o nosso carrinho de compra, iremos directa ou indirectamente estar a prejudicar mais um pouco a economia, seremos no entanto tão patriotas assim para deixar que os grandes se safem e nós fiquemos aqui na linha. Penso que o mais sensato é continuar a deixara economia se equilibrar da forma mais concreta e solitária que existe, como se uma balança se equilibrasse a pouco e pouco sempre que colocamos mais um pouco de peso de cada lado.
Previsão pessoal para o crescimento do PIB em 2007: 2.45%
Razões estão disponíveis assim como um pequeno debate que vou promover até final de Novembro no http://www.intervisao.blogspot.com/

Jorge Ferreira

1 Comments:

At 17/10/06 10:00, Anonymous Anónimo said...

Este Sócrates de facto saiu melhor do que a encomenda...
É um animal politico, que tem exterminado por completo a oposição, salvam-se ainda algumas cassetes habituais, de um lado diz-se que é um orçamento de direita, de outro lado diz-se que se corta no investimento e que se poderia cortar mais na despesa. Exceptuando as cassetes ninguém apresenta nada melhor do que este nosso Eng.
Espero pelo desenvolver da análise.

Relembrando o conto da cigarra e da formiga, é a hora de escolher, quem queremos ser?

 

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