7/22/2006


Economia Portuguesa.

Foram publicados esta semana, os dados económicos do Banco de Portugal referente ao segundo trimestre de 2006, foram esta semana conhecidos. De modo geral as previsões são mais favoráveis, revendo de forma favorável as previsões iniciais de Janeiro de 2006. Se especificar-mos melhore, poderemos indicar que ao nível das exportações, elas subiram no primeiro trimestre de 2006, mais de 9% em relação ao mesmo período de 2005, contrariamente a uma subida de 5,3% do último trimestre de 2005. Mas também as importações subiram ao mesmo nível, o que ao nível da balança comercial pode não indicar muitas alterações. Mas ao analisarmos a situação de forma mais geral, poderemos indicar que esta situação representa, maior produção em relação á nossa capacidade produtiva, com o aumento das exportações, e por outro lado um aumento do consumo e importações o que poderá ser também ele um bom indicador, dado o circuito económico original.
Mas também é verdade que ao nível dos juros, podemos verificar que a pressão inflacionista não deverá abrandar, o que de forma bem concreta indica que os juros irão continuar a subir. Esta situação penso que se poderá manter por mais 6 meses, pelo que antes do final do ano, a taxa de juro do Banco Central Europeu, poderão aproximar-se dos 4%, o que de uma forma bem concreta seria um ponto a ter muito cuidado em relação á economia portuguesa, poderão inclusive alterar estas previsões do crescimento, com um carácter mais negativo.
Os consumidores esses, não dão ainda sinais de acreditarem concretamente no sair do buraco ainda nesta altura, o que evidentemente influencia de forma bem concreta a economia. O sector privado, ainda não dá mostras concretas de solidez em termos de retoma, sendo previsível que seja ainda complicado uma verdadeira retoma de sectores como o automóvel e construção.
Penso que o governo deve continuar a reduzir as suas despesas correntes, essencialmente as que implica gastos crescentes e que podem ser efectivamente reduzidos. O número de funcionários públicos continua a ser um grande entreva, se analisarmos os custo cada vez mais crescentes que esses problemas provoca ás contas públicas. Por outro lado o congelamento das subidas salariais, deverá ser uma medida ainda a manter, podendo existir uma efectiva redução. Neste ponto em concreto eu penso que 2 anos com aumento 0% dos salários, provocaria uma redução em aproximadamente em 5% do salários reais dos funcionários públicos mas que permitiria um equilíbrio efectivo. Temos que admitir que a média dos salários na função pública, estão ainda superior á capacidade de resposta do estado, se os funcionários públicos não tiverem contentes, nesse caso procurem trabalho no privado. Existe ainda ao nível da redução de custos, a necessidade de um maior controlo das despesas das autarquias, que estão neste momento a tornar-se um centro ainda maior de influência e de desagregação das contas públicas. Deveremos no entanto para isso, aumentar as responsabilidades dos autarcas e das suas politicas, havendo ainda que criar uma certa autonomia por parte destes órgãos.
Que tal os funcionários das autarquias deixarem de ser funcionários públicos? Onde seria contratados pela autarquia mas com um regime de trabalho idêntico ao do sector privado, sendo da responsabilidade da autarquia a sua mesma sustentação. Mais empregados menos obras…
Meus amigos, o caminho é difícil e a luz ao fim do túnel está cada vez mais longe mas teremos que continuar a tentar.

INFOCALIPO


Free Hit Counter

El Tiempo en Rtve.es