5/26/2006


Vendas de combustíveis caem 80% na zona fronteira


Os postos de combustível nas zonas fronteiriças de Portugal já sofreram uma quebra de 80% nas vendas desde o início do ano, noticia hoje o «Correio da Manhã».
A denúncia foi feita na inauguração do Congresso da Associação Nacional dos Revendedores de I Combustíveis (ANAREC), que ontem começou no Centro de Congressos do Estoril, na qual o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, prometeu medidas para combater o comércio paralelo.
Vamos tentar tornar o sector menos vulnerável às distorções da concorrência", prometeu João Amaral Tomás ao anunciar que na próxima semana manterá reuniões com a Inspecção Geral das Alfândegas, a Direcção Geral das Finanças e a ANAREC para tentar encontrar medidas que reduzam o comércio paralelo de combustíveis.O secretário de Estado referia-se deste modo aos distribuidores que vão a Espanha comprar combustíveis para vender em Portugal a preços mais baratos. A prática está a ser muito utilizada no comércio do gás, no qual as bilhas adquiridas em Espanha e vendidas em Portugal chegam a custar menos 40 por cento que as de origem portuguesa.O consumidor fica a lucrar com o negócio, mas os revendedores de combustíveis perdem receitas, tal como o Estado que não recebe os impostos provenientes destas vendas.No que refere à gasolina e ao gasóleo o problema é diferente, porque são os próprios consumidores que vão a Espanha abastecer os seus veículos."Há pessoas que chegam a ir aos postos fronteiriços abastecer dois ou três litros para conseguirem atravessar a fronteira e encher os depósitos em Espanha", referiu Augusto Cymbron, presidente da ANAREC.Uma situação compreensível quando se tem em consideração que o litro da gasolina sem chumbo 95 em Portugal custa, em média, 1,34 euros enquanto que em Espanha não vai além dos 1,09 euros. No gasóleo a diferença é menos significativa – 1,08 euros em Portugal contra um euro em Espanha.
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