5/29/2006

Queda das bolsas está a terminar

A revista britânica "The Economist" diz que a queda nas bolsas nas duas últimas semanas pode até ser "uma correcção saudável". E que não há motivos para pânico: "a economia está relativamente forte".
"Uma repetição da queda nas bolsas depois do rebentamento da bolha das dotcom em 2001-02 é altamente improvável."
E porquê? Porque em 2000 as acções estavam "selvaticamente sobreavaliadas". Mas os rácios price/earnings (PER, ou cotação sobre os resultados por acção) actuais continuam na maior parte dos mercados abaixo das suas médias a longo prazo. "Isto sugere que o deslize nas acções pode ter vida curta".
A capa desta edição da publicação remete para as últimas duas semanas de queda nos mercados bolsistas mundiais, que caíram em média 10% em dez sessões, depois de três anos consecutivos de valorização. As quedas foram acentuadas sobretudo nas "commodities" e nos mercados emergentes, provocando receios nos investidores, quanto à possibilidade de uma desvalorização continuada.
Segundo a revista britânica, não foram os receios inflaccionistas que, ao contrário do que foi comummente dito, estiveram na base desta queda das últimas duas semanas, que se notou sobretudo na Europa (onde as valorizações de desde o início do ano esfumaram-se quase na totalidade). O "The Economist" diz que esta explicação não bate certo com a queda nos "yields" das obrigações e do preço do ouro.
"O verdadeiro puzzle não é por que a volatilidade aumentou subitamente, mas por que tem estado são baixa nos últimos anos. A resposta parece estar na abundância de dinheiro barato, que levou os investidores para a complacência. Agora, eles estão a começar a exigir maior retorno dos seus activos de maior risco", escreve a revista, que considera que esta queda nos mercados "pode ser uma correcção saudável".


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