12/19/2005


Perspectivas da economia portuguesa para 2006.

Cada vez mais o momento é de preocupação, os dados disponíveis são claros e sem muito espaço de grandes expectativas. As previsões do Banco Portugal para 2005 era de um consumo privado que ronda-se os 2%, situação que não se veio a concretizar, com uma diminuição do consumo publico acabando por suceder um aumento desse mesmo consumo em relação a valores do mesmo período de 2004. Mas foram as expectativas frustradas das exportações que realmente fizeram a meio do ano verificar que o pior estava a suceder como se acabou por constatar.
A previsão inicial do governo e mesmo do Banco de Portugal para um crescimento do PIB acabou por se tornar numa verdadeira ilusão óptica. Dos 1,1% de 2004 para os previsíveis 0,5% de 2005, os passos dados para trás são muito claros, não só pela falta de equilíbrio como pelo afastamento cada vez maior com a restante Europa, onde esse crescimento ronda os 2,2% para 2005. Com uma diminuição da procura interna, uma acentuada descida das exportações e uma cada vez superior aumento das importações o caminho para fora do buraco parece cada vez mais difícil.
Outra previsão catastrófica é a do petróleo, podendo esse valor rondar os 70 dollares o barril, situação que só por si iria causar uma grande agravamento da actual situação. A necessidade de reformas na administração pública, de um claro controlo dos constantes gastos dos municípios e de outras instituições será não um caminho mas uma necessidade.
Portugal começa a perder um comboio cada vez mais difícil de ser acompanhado, para alem das ilusões contínuas e claras que a cada ano que passa muitos dos economistas acreditam ser difícil lá chegar. Uma constante mutação dos caminhos seguidos serão sempre uma realidade, esperemos que fará o governo socialista, pois por vezes não existe a necessidade de fazer melhor, basta fazer diferente.

JF


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