12/20/2005

BCP



Analistas dizem acções do BCP vão subir com perda do BCR

As acções do Banco Comercial Português deverão subir a partir de amanhã, depois do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto não ter conseguido adquirir os 61,9% do Banca Comerciala Romana (BCR).
As acções do Banco Comercial Português deverão subir a partir de amanhã, depois do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto não ter conseguido adquirir os 61,9% do Banca Comerciala Romana (BCR), segundo analistas consultados.
O governo da Roménia anunciou esta tarde que o vencedor da corrida à privatização dos 61,9% do BCR foi o austríaco Erste Bank com uma oferta de 3,75 mil milhões euros.
Os analistas consultados acreditam que amanhã as acções do BCP deverão registar correcções face às quedas observadas desde que foi conhecido o seu interesse na corrida ao BCR.
«Amanhã as acções do BCP devem subir bastante» afirmou ao Jornal de Negócios Online um analista que não quis ser identificado. «Esperamos que o preço do título corrija depois da queda» das últimas semanas, refere Susana Neto, analista do CaixaBI.
«O título amanhã vai seguramente abrir a subir pelo facto do BCP não ter de fazer um aumento de capital e evitar o risco de execução desta operação» afirmou Marcos Heitor, analista do Santander, à Reuters.
«Amanhã, as acções do BCP devem ter um ‘relief rally’ e aproximar-se da casa dos 2,20 euros, que é um valor razoável» disse Tiago Dionísio, analista do BPI à agência noticiosa Reuters, acrescentando que deverá «repor a recomendação de ‘acumular’ para o BCP e o anterior ‘price-target’ de 2,45 euros».
«Apesar de haver pessoas que consideram que a longo prazo seria positivo [a entrada do BCP no BCR], a maior parte dos analistas e investidores não acreditavam por acharem que era uma operação muito cara», referiu o analista que não quis ser identificado.
Marcos Heitor referiu à Reuters que «pelo menos, o mercado fica confortado pois o BCP não entrou numa espiral de ofertas de preços, mas do ponto de vista estratégico, o BCR era uma óptima oportunidade de crescimento».
«O futuro poderá estar numa maior reestruturação do banco em Portugal, onde há espaço de manobra», disse o analista que não quis ser identificado, acrescentando que «os rácios de capital do banco estão confortáveis».
Quanto ao impacto da decisão do governo romeno, Susana Neto, que tem um preço-alvo de 2,20 euros para o final de 2006, considera que «era mais fácil avaliar o impacto negativo que a operação teria no curto prazo do que o impacto positivo do aumento da dimensão do banco».


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