9/26/2005

Sonae: Autonomização da Sonae Indústria agrada aos analistas do BPI e ESR

Lisboa, 26 Set (Lusa) - A operação de autonomização ("spin- of") da Sonae Indústria, cujos termos foram aprovados sexta-feira, agrada aos analistas do BPI e ESR, que a consideram positiva quer para a Sonae SGPS, quer para a nova empresa.
A operação de autonomização da Sonae Indústria deverá ocorrer até final do ano, indicou a Sonae SGPS em comunicado divulgado sexta- feira.
Os analistas do BPI salientam, na nota diária de "research", que a operação virá simplificar a estrutura da Sonae SGPS, ao mesmo tempo que aumenta a visibilidade da Sonae Indústria no mercado, uma vez que o "free-float" passará dos actuais 3 por cento, para 41,6 por cento.
Os analistas da Espírito Santo Research (ESR) também consideram a operação positiva, ainda que "marginalmente", uma vez que já era esperada pelo mercado.
Após as operações de cisão-fusão e fusão, o capital social da nova Sonae Indústria será composto por 140 milhões de acções com o valor nominal de 5 euros cada, esclareceu a Sonae SGPS.
Na primeira operação, de cisão-fusão, será destacada da Sonae a participação de 90,36 por cento que esta detém na Sonae Indústria, e posteriormente incorporada na Sonae 3P.
Esta sociedade, numa segunda operação, incorporará por fusão a Sonae Indústria, e passa a denominar-se Sonae Indústria, SGPS, SA, ainda segundo o comunicado da "holding".
Na cisão-fusão, cada acção da Sonae corresponderá a 0,0677966103 acções da Sonae 3P.
Na fusão subsequente, adianta o comunicado, cada acção Sonae Indústria corresponderá uma acção Sonae 3P.
Os analistas comentam ainda a eventual venda das lojas do grupo Sonae no Brasil ao grupo retalhista norte-americano Wal-Mart, operação que deverá ocorrer até final deste mês, segundo noticiou na sexta-feira o jornal Valor Económico.
O BPI refere que estas notícias vêm em linha com informações recentes, pelo que o impacto será neutral.
A ESR destaca que, a concretizar-se, a venda do retalho no Brasil viria "reduzir o perfil de risco da Sonae SGPS", uma vez que o dinheiro resultante da operação deveria ser usado para reduzir dívida e reforçar o investimento nas operações de retalho em Portugal.
Os analistas recordam que o valor recentemente apontado para concretização do negócio, 640 milhões de euros, é inferior aos 800 milhões referidos inicialmente pela imprensa.
às 13:32, as acções da Sonae SGPS estavam inalteradas nos 1,35 euros, enquanto as da Sonae Indústria estavam a subir 0,95 por cento, para 5,30 euros.


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