7/12/2009


Investimento publico, sim, mas …

Quando estamos num ano onde o investimento publico saltou para os jornais de todo o país, é importante perceber o que realmente é feito do dinheiro dos contribuintes, e se aquilo que anda a ser feito é o mais correcto.
O investimento publico é feito com utilização dos dinheiros vindo dos impostos, principalmente dos contributos que mensalmente damos à segurança social e para o IRS. De uma forma clara, o seu dinheiro, que mensalmente é descontado do seu salário, tem destinos como a saúde, as obras públicas, as reformas de grande parte dos portugueses que estão nessa condição entre outras despesas. De uma forma geral, a população activa contribui todos os meses para as despesas que o estado tem no mês seguinte.
Ao analisarmos as diversas despesas, compreendemos que neste momento, o sistema não só não é sustentável, como ainda está a passar por sérias dificuldades relacionadas com o problemas como o desemprego entre outras, que fazem da parte da receita uma redução brusca e inesperada, o que causou dias depois do inicio do ano um orçamento rectificativo, situação que ainda este ano poderá voltar a acontecer.
Actualmente os diversos partidos políticos da assembleia da republica discutem os diversos projectos, como sendo o TGV entre outros, a pergunta que muitos se colocam é se Portugal tem dinheiro para tais despesas, e se na verdade poderemos correr com um endividamento que vai para lá gerações dos nossos filhos e muito possivelmente netos. Um projecto quando analisado tem que perceber qual a sua rentabilidade, temos que analisar o retorno do capital investido, e as diversas sinergias que irá causar.
Mas é também importante perceber quando não temos capacidade financeira, vejamos o exemplo de Vila Viçosa, os impostos que o município recebe não suportam investimentos públicos avultados. Mais importante ainda, os projectos geradores de maiores retornos culturais e financeiros para a população, não são executados apenas por insuficiência financeira do Município. Neste caso o Município tem que criar uma maior rentabilidade dos recursos utilizados, para além de dever criar condições através de projectos para criar às empresas da localidade retorno dos capitais e de forma a cativar ainda mais a captação de novos projectos/jovens/empresas para o concelho.
Deverão ser feitos eventos que lancem Vila Viçosa para a boca do mundo, aproveitando os aspectos históricos existentes, assim como a sua localização entre dois mercados tão próximos mas distantes ao mesmo tempo.
Quando recordamos o que fez Óbitos à sua pobre terra, colocou na boca do mundo, pois quando se pensa em natal, fala-se de óbitos. Quando se fala em chocolate, difícil é não associarmos a Óbitos.
Vejamos por exemplo aquilo que tem sido feito em Portimão, com uma dinamização por parte do município que levou a falar-se do Algarve e de Portimão como se tratasse da única localidade existente naquela região.
Inovar, e criar capacidade financeira quando não existe, principalmente através de capitais públicos, pois é para isso que eles existem, e bem utilizados poderão criar muito mais do que aquilo que tem sido feito.


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