3/19/2007


Inovar dentro do sistema.

Uma das maiores apostas na função pública na Irlanda nos últimos dez anos, passou por criar alguns incentivadores de trabalho. O sistema é muito simples, simpático e criativo, passa por colocar em zonas e áreas pouco rentáveis, trabalhadores com capacidade de ensinar e incentivar os colegas, sempre com o propósito de alterar os vícios e as formas de trabalhar. Esta situação não é comunicada aos colegas, passa por colocar num determinado lugar, um individuo com capacidade de ensinar, e de mudar o meio em que se vai encaixar, sem nunca esquecer que o importante é o segredo, sem que os restantes trabalhadores se apercebam de que o colega, é mais um professor que um mero aprendiz. Normalmente é um especialista na área em que se insere de modo a controlar as matérias e as formas de trabalho que se pretendem para o sector em questão. Os resultados deste investimento parecem claros, com um melhoramento em qualidade e quantidade por parte do serviço, sem que para isso as pessoas em questão se apercebam que estão a ser ensinadas e avaliadas, pois neste modelo a pouca vontade de apreender é motivo para alteração de lugares de trabalho.
Em Portugal esta seria sem qualquer dúvida um muito bom processo, pelo menos na minha opinião, claro que o comodismo seria de complicada alteração, mas certamente que seria um investimento com retorno. Não podemos esquecer que cada vez mais as pessoas que ocupam certos lugares não querem apreender nem saber mais do que sabem e muitas vezes são contra cara novas, pelo simples facto de que isso poderá por em causa o seu trabalho e o seu posto de trabalho, sem se aperceberem que deverá ser através da sua formação continua que deverão apreender mais e garantir o seu verdadeiro futuro no lugar que ocupam.
Mas será que a função pública e os hábitos que dentro de câmaras e departamentos públicos são uma continua forma de trabalhar, serão mesmo perigosos para o futuro do trabalho… eis aqui uma questão que certamente na opinião do actual governo seria de resposta rápida, mas penso que não desta forma. Eu penso que cada vez mais existem lugares para as pessoas e não pessoas para os lugares e esse é o maior problema. Não podemos esquecer que crescer não é só fazer mais, mas sim também fazer melhor e diferente caso o que até aqui estava a ser feito estivesse mal feito e desajustado.
Portugal necessita de mudanças, mas não deixando para trás alguns dos que ainda fazem parte da economia e da sociedade, pois custa mais ao estado que eles não façam nada do que façam pouco, temos que ensinar e fazer compreender que é necessário crescer e ensinar para que todos possam apreender.

Infocalipo JF


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