2/26/2006

Economia alentejana


Uma sustentabilidade necessária no crescimento do Alentejo.

Cada vez mais o mundo se altera num minuto, mais do que há décadas anteriores se alterava em meses ou mesmo anos. O mundo muda, e as personagens que nele fazem parte tem que se adaptar de forma rápida e organizada.
O nosso Alentejo, que durante anos e anos recebeu fundos comunitários para se adaptar ao mundo que estava lá fora, depressa se deixou prostituir pela facilidade de ter fundos comunitários se que para tal tivesse que se modernizar. Era o que muitos chamaram, o gastar hoje, pensando que amanhã isto da Europa acabe e nós possamos continuar a ter o nosso canto protegido pelo estado. Um pensamento que depressa se verificou que estaria na base do quase fim do sonho de uma agricultura de qualidade e competitiva na nossa região.
Mas a comparação pode ser feita de forma muito rápida. Quando os fundos comunitários surgira, também os nossos irmãos espanhóis se encaixaram neste mundo europeu, e começaram uma corrida contra o tempo, de forma a poderem depressa chegar ao nível idêntico do resto da União Europeia. Enquanto do lado de lá, o uso dos fundos comunitários era utilizado para compra de material e modernização dos meios de produção. Do lado de cá, cada agricultor comprava o seu primeiro jipe. Atracção ás quarto roda, com direcção assistida e colocando uma inveja inicial aos irmão espanhóis. Ao ponto de eles pensarem como poderia ser possível, que os portugueses conseguissem em tão pouco tempo rentabilizar as suas produções aumentando de forma clara os seus rendimentos, ou pelo menos aparentemente.
Mas anos mais tarde tudo se compreendeu. Os espanhóis começaram a ganhar realmente dinheiro, com uma agricultura competitiva e que depressa conseguiu diminuir os custos de produção, tornando-se de verdade competitiva, muitos compraram então jipes novos, dez anos depois dos portugueses. Em Portugal, os jipes ficaram velhos, e o dinheiro para serem renovados, também terminaram. Acabaram por se aperceber que tinham perdido 10 anos nisto do desenvolvimento, para alem do facto de que agora, anos depois as suas idades terem aumentado tanto, nada se poderia fazer. Meus caros, é triste mas é verdade. O problema é agora como todos sabemos os jipes velhos que por ai andam não serão renovados e que os fundos comunitários mais tarde ou mais cedo irão realmente terminar.
Agora é verdade que o caminho a percorrer é dificil, mas possivel, esta semana ainda vou dar a conhecer algumas ideias sobre o assunto até lá pensem o que gostaria de ver mudado e como pensam que seria possivel.

JF


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