1/22/2006

Comentário semanal


Consequenciais das presidenciais…

Com uma maioria absoluta, quem nos habituou a estes resultados, voltou á politica. Mas quais serão as consequenciais imediatas e previsíveis deste resultado.
O primeiro penso ser indiscutível, no cenário de uma derrota esmagadora do candidato do partido socialista abre uma crise interna difícil de ser esquecida. Se o resultado de Manuel Alegre é pessoal e sem máquinas partidárias, este mesmo resultado abre uma crise no que se trata do relacionamento entre deputados, apoiantes, órgãos sociais, sendo de prever que algumas destas iniciativas se tornem ainda mais organizadas.
Não haverá dúvidas, pelo menos para mim, que o trabalho que José Sócrates tem feito em relação alguns aspectos de funcionamento da função pública tem sido positivos. Mas também é verdade que o emagrecimento do monstro não tem sido assim tão efectivo, o que provoca os valores actuais dos impostos. Esta situação no entanto não poderá ser duradoura, não só pelo facto de que as classes mais baixas começam a considerar a situação insuportável, como os empresários demonstrarem cada vez mais o descontentamento pela política na área das novas tecnologias, tendo em atenção as promessas feitas neste campo.
As eleições de hoje, não só dão uma cartão amarelo ao governo no que toca á sua opção de candidato ás presidenciais, como será ainda evidente que o povo não pensa que as politicas adoptadas pelos actuais governantes como efectivas para se conseguirem os 3% do défice.
José Sócrates tem agora alguém que na minha opinião só falará quando considerar muito necessário, no entanto, sempre que o fizer, as suas palavras terão um efeito claramente efectivo no mercado. Esta situação deve-se ao facto de se tratar de um economista com um poder de compreender os efeitos de suas palavras, como o povo como sempre fez, aceitará e compreenderá palavras de alguém que para é considerado como um dos maiores economistas portugueses.
Esperemos que o trabalho destas duas figuras possa levar Portugal novamente a brilhar ao fundo do túnel.

JF

10 Comments:

At 22/1/06 21:28, Anonymous Anónimo said...

Em Vila Viçosa os votos foram expressamente a favor de Cavaco Silva. Sem muitas duvidas sabemos cada vez mais que o comunismo na sua pura idiologia não existe como opção dos calipolenses. Não podemos no entanto misturar duas coisas complestamente diferentes, se o partido comunismo tem os votos que tem em Vila Viçosa, tal só depende do candidato, mas se na verdade a ultima maioria foi do tamanho que foi, nesse caso a imagem dos candidatos que o PSD e o PS apresentaram foram mostra de um falhanço de estratégia.

Junqueira

 
At 22/1/06 22:14, Anonymous Anónimo said...

É uma realidade que o partido socialista não saiu vencedor nas duas ultimas eleições, mas não podemos misturar marés...
As ultimas eleiçoes autarquicas forma uma mostra muito evidente que algo estava mal, mas não podemos pensar que esse foi um cartão amarelo ao governo, pois estamos a falar de coisas diferentes. No diz respeito á estratégia do ps deve ser revista....
jf

 
At 23/1/06 10:47, Anonymous Anónimo said...

Principal consequencia das eleições presidenciais:

A Policia de choque vai ter mais trabalho, pois vai ser chamada a intervir em qualquer manifestação que ocorra:

Calipolenses não se lembraram até agora de se manifestar por um novo Centro de Saúde, não o façam agora!!!

 
At 23/1/06 19:27, Anonymous Anónimo said...

Não se esqueçam é de não se fiarem nas promessas socialistas... não baixavam o poder de compra, foi logo no primeiro ano. Não subiam os impostos, foi logo no primeiro ano. Não colocavam os boys, foi depois de uma horas de estarem no poder... o partido socialista o melhor que conseguiu em termos de crescimento economico foram uns miseros 2,8% enquanto que o cavaco, 5,5% foi real e não nenhum sonho...
agora não se esquçam que quando eles prometeram fazer fazer o centro de saude em vila viçosa, se chegarem á camara o que poderão esperar? mentirosos e vigaristas, talvez devam passar de PS, para MV...

Assino porque não sou cobarde.

Junqueira

 
At 24/1/06 10:18, Anonymous Anónimo said...

Caro Junqueira,

Julga-se mais corajoso que os outros porque assina e se esconde por detrás de um nome, a diferença é que eu sou anónimo e o Junqueira é o Junqueira, para mim é igual a ser anónimo, pois eu não sei quem é e nem eu nem ninguém sabe se é verdadeiro ou não.

Pois para que não restem duvidas, a partir de hoje assinarei por Professor Pardal, para que não me possa chamar de cobarde novamente.

Talvez lhe seja conveniente relembrar esses números, mas os números isoladamente descrevem-nos tanto como a imagem que quisermos passar, posso aqui também apresentar os seguintes números, em 1993/1994, 2003 e 2004 o país viveu as únicas recessões económicas dos últimos 25 anos, quer isto dizer que a economia não só não cresceu como regrediu em relação aos anos imediatamente anteriores.

Curiosamente em anos cuja governação cabia ao PSD - conclusão: o PSD provoca a recessão económica(!?).

E repare que em 1993 e 1994 o Primeiro Ministro, ou seja o responsável pela recessão, era o seu guru, o mago das Finanças o Sr. Silva.

Agora tente apontar-me um ano de recessão em que o governo fosse socialista, e já agora se não for pedir muito, faça-o com dados de fontes independentes. Dificil lidar com números isolados, não?

Curioso, isto de lembrar-me de um outro Professor na História de Portugal, que também começou por ser apelidado de mago das Finanças, também gritava "deixem-me trabalhar" e o discurso era tão semelhante.... "orgulhosamente sós" e "nunca me engano e raramente tenho dúvidas" são frases de grande paralelismo, tem de reconhecer...

Com os melhores cumprimentos deste seu,

Professor Pardal.

 
At 24/1/06 12:45, Anonymous Anónimo said...

Promessas dos socialistas?? impostos?? ainda estamos à espera do choque fiscal do Durão, q tb baixava os impostos e a primeira medida foi aumentá-los, não tapem o sol com a peneira.

 
At 24/1/06 20:36, Anonymous Anónimo said...

A maior diferença entre um homem e um coberde é quando ele encara os problemas ou foge deles... o eng guterres, o grande homem que todos nós conhecemos, preferiu um cargo elegivel por poderosos do que os votos do povo. Este homem que muitos acusam de isto, de aquilo, é um homem que teve 3 maiorias absolutas. Muitos dizem que é o homem dos ricos, sendo assim ainda bem, pois mais de metade dos votantes em portugal são ricos. Mas vamos ver mais umas coisinhas. Aqui bem ao lado, em espanha um homem de direita fez aquilo de que toda a europa se admira e tem como um exemplo, organização real das contas a favor do povo... será que não vimos essa tentativa em algum lado. O sr. pardal devia saber que o estranho não é que portugal não cresca quando a europa não cresce. O estranho é crescer mais do que o resto da europa e isso só o Prof Silva conseguiu. Existe ainda outra coisinha a ter em conta, o sr. pardal devia ver melhor em www.bportugal.pt pois ai vái descobrir que é mentira que portugal não tenha crescido entre 93/94. O PIB cresceu, logo 2+2=4... será que é desta que percebeu!!!!!! temos de ser sinceros e admitir, o PS prometeu e não cumpriu, o PSD o mesmo fez, logo entre PS e PSD o que difere são as caras que uns e outroas lá colocam. Agora será que não está na altura de termos um homem diferente e que imponha uma democracia diferente... Ou então vamos deixar a solução á PS, vendemos isto aos espanhois e vivemos dos rendimentos....

Junqueira

 
At 25/1/06 09:24, Anonymous Anónimo said...

"A maior diferença entre um homem e um coberde é quando ele encara os problemas ou foge deles... o eng guterres, o grande homem que todos nós conhecemos, preferiu um cargo elegivel por poderosos do que os votos do povo." - e o Durão o que fez???


Pelos vistos o Sr. Junqueira não sabe ou não se lembra ou não se queira lembrar da recessão de 1993, ou talvez seja como o seu ido lo quando afirmava que não tin ha tempo para ler nem os jornais... bem aqui ficam então alguns dados à sua atenção, depois diga-me o que pensa...

"No boletim ontem divulgado, o Banco de Portugal sublinha que a queda esperada da formação bruta de capital fixo (investimento) persistirá até 2007 o que “não contribuirá de forma significativa para a recuperação da actividade como sucedeu após a recessão de 1993”. in Diario Economico 2006-01-05

Já agora caro Junqueira, veja também em análise do boletim económico de Dezembro de 2004 do Banco de Portugal, cujo site você cita mas parece não ter consultado, aqui fica um link mais directo

http://www.bportugal.pt/publish/bolecon/dez_04/econ_port_dez04_p.pdf


mais uma pequena citação

"Comportamento do PIB e componentes da despesa nas recessões de 1993 e 2003
Em 2003, a economia portuguesa registou uma contracção. De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais do INE, o PIB registou uma quebra de 1,3%, em termos reais. A redução do produto iniciou-se no 3º trimestre de 2002 e atingiu a quebra mais acentuada no 2º trimestre de 2003 (-2,2% em termos homólogos reais) assistindo-se, desde então, a uma recuperação gradual.

O gráfico 1 apresenta a evolução do PIB nos dois períodos recessivos mais recentes: 1993 e 2003. A diminuição do PIB em 2003 é de magnitude próxima à registada no anterior período de recessão, 1993, em que o PIB diminuiu 1,4%, em termos reais" in Relatorio da Direcção Geral De Estudos e Previsões do Ministério das Finanças pode consultar em:

http://www.dgep.pt/cx196comp_PIB_vs_desp_rec1993_03.html


Bem agora ou eu tenho uma grande imaginação ou houve mesmo uma recessão em 1993...

Com os melhores cumprimentos,

Professor Pardal

 
At 25/1/06 20:46, Anonymous Anónimo said...

Bem, meus caros comentaristas, parece que está bem disputado este texto, alegro-me.
A economia vive de ciclos, 1993 e 2003, são os pontos baixos, que pelo meio teve um ponto inverso a estes dois, um ponto de crescimento. Assim funciona a economia até ver, mas acreditem quem nem o governo socialista nem o governo social-democrata podem fazer nada directamente para inverter estes ciclos. Podem no entanto em contra ciclo preparar o que evidentemente ai vem. Sem qualquer duvida os dois tem razoes em alguns argumentos, mas também deixam de a ter quando acusa o Durão e o Guterres, por motivos diferentes saíram é verdade mas qualquer um dos dois fez o que a politica tem que começar a seguir, um trabalho melhor remunerado é o motivo para a saída, por isso não criticáveis. Temos que ser sinceros, os políticos são no seu conjunto medíocres, muito porque hoje esta é uma carreira sem o interesse de outras actividades, essencialmente devido a benefícios e salários. Ou alguém duvida que um grande administrador de um banco ou de uma rentável empresa ganha muito mais que o primeiro-ministro!
Em relação a 1993, foi um ano em que o PIB cresceu negativamente, pelo que a correcção feita ao Sr. Junqueira é correcta. Mas não se esqueçam que estão a analisar dados económicos, tendo unicamente e aparentemente dado consideração aos políticos. Acreditem que as decisões que eles tomam tem importância, mas nenhum deles já consegue influenciar a economia mais do que os maiores investidores e empresários portugueses, graças a deus.

Força minha gente, pois é desta forma que podemos contribuir para um Portugal melhor.

JF

 
At 25/1/06 22:12, Anonymous Anónimo said...

Não podemos esquecer que a evolução desse mesmo PIB em 1989 foi um dos mais elevados desde o 25 de Abril. Efectivamente a minha analise não foi interpretada, mas aqui fica um ponto em que evidentemente tenho que concordar.

Junqueira

 

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