10/08/2005

Comentário 08-10-2005


Economia Calipolense

Hoje venho falar de um assunto que durante estes dois meses de campanha tantas vezes foi usado como grande trunfo politico de pelo menos um dos candidatos e de forma mais ligeira das restantes candidaturas. Efectivamente o turismo em Vila Viçosa e nas localidades próximas será certamente uma das maiores formas de sobrevivência económica de uma região infelizmente muitas vezes esquecida. No caso concreto de Vila Viçosa, concordo com a criação de um aeródromo, ou mesmo de um campo de golfe, no entanto estas obras por si só nada de inovador iriam trazer e certamente estariam muitas vezes ás moscas, vulgarmente dizendo, deveriam por isso ser bem completadas, e não misturando duas zonas que penso que seriam evidentemente importantes de serem separadas. Um zona onde o turismo seria feito para uma classe média-alta e alta, com zonas que se deveriam complementar entre elas de forma racional e eficiente, por outro lado seria criada uma zona turístico religiosa, onde a igreja de Nossa Senhora da Conceição seria a principal atracção, pois não poderemos esquecer dos milhões de euros que o santuário de Fátima entrega todos os anos aos cofres da autarquia de Ourém.
No primeiro concordo de forma geral com a criação de infraestruturais essenciais como as indicadas pelo PSD local (menos com a pista de gelo que penso ser ilógica pelo facto de não possuir turistas em numero suficiente), no entanto seria necessário um maior dinamismo em termos de lojas, de iniciativas desportivas ou mesmo de lugares criados pela autarquia e privados com a dinâmica necessária.
No segundo tipo de turismo, o essencial está feito, Nossa Senhora da Conceição e a fé de quem visita a igreja, no entanto junto da igreja católica deveria ser aumentado o programa religioso para mais do dobro em relação a cerimónias religiosas durante a semana, situação que seria bem vista pela igreja uma vez que eles também lucram. A criação de lojas na zona envolvente do castelo essencialmente com produtos religiosos ou tendo o palácio ou os restantes monumentos como principal atracção seria certamente um lucrativo investimento. Para alem disso o incentivo de novos restaurantes seria primordial, para alem de um grande investimento da CMVV na realização de roteiros e de publicidade em termos de marketing pelo país todo. A criação de pequenos postos turísticos nas quatro entradas de Vila Viçosa abertos pelo menos 12 horas do dia seriam também alguns investimentos bem enquadrados.
O retorno seria de 4 a 8 anos, mas neste ultimo caso os cofres camarários poderia receber de 75.000€ a 250.000€ por ano posteriormente ao investimento ao final de pelo menos 4 anos e de forma sempre gradual se a estratégia montada fosse de forma estrutural.
Meus amigos não acredito no entanto que exista capacidade de realização nestes termos, pois quem não gosta, não acredita nem se chega para perto de uma igreja, como poderá chegar a um acordo destes… SERÀ DIFICIL.

Jorge Ferreira


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