1/24/2006

Um pensamento é só um pensemento


Análise, compreensão, visibilidade e previsão coerente

O mundo tornou-se num coerente mercado imprevisível, onde a lógica do ser humano na descoberta de novos meios de se autodestruir encontrou novas forma de existência. O dia 11 de Setembro em Nova York mudou de forma única o mundo, deixou a guerra sem inimigo visível dando a conhecer a face mais desequilibrada do mais antigo conceito humano, a religião. De repente conseguimos ver que os mais pobres do mundo, são ao mesmo tempo os mais religiosos extremistas e poderosos, pois controlam a maior parte dos recursos naturais do mundo.
Um mercado funciona de forma livre quando nada interfere nele, mas por vezes pequenos vícios alteram a realidade deixando cair um pano o que pensamos ser inviolável. Este início de século deu-nos a conhecer que o horror dos nazis pode voltar com uma força ainda maior. Com uma figura diferente, desta vez sem ter o homem como centro, mas sim um deus que como pelos cruzados manda matar sem olhos nem pensamento. Mas será que existem culpados?
Um mercado vive do que lhes dão, das trocas, das existências e de uma mão invisível que solitariamente equilibra e corrige os erros pequenos existentes. A evolução desse mercado vai corrigindo pequenos erros e tornando o perfeito cada vez mais próximo da perfeição. No entanto em cada x anos, essa proximidade de perfeição aproxima-se tanto do seu objectivo que acaba por se destruir de forma única, acabando por destruir a construção do que considerávamos equilibrado e coerente. Este pode e será sem qualquer dúvida essa proximidade, de entre os muitos pensamentos que me ocorrem, o de satisfação por compreender que poderei assistir a tal mudança, sobressai sobre outra de medo ou incerteza pelo que sucederá.
O fim do petróleo, a guerra ideológica e religiosa do extremismo, a proximidade de uma mutação dos sistemas sociais e económicos de um mundo que por si só não se compreende, mas essencialmente a mudança por si só do conhecido pelo desconhecido tornam este momento como único.
Bin Laden é como todos sabemos (ocidentais), um louco, mas também é compreendido e respeitado entre os seus, como um dia Hither foi, ou mesmo Estaline. Esperemos por isso o desenrolar de uma história única mas que não passa de ser unicamente a realidade.

João Rodrigues


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