8/26/2005


Formação: Um terço desempregados consegue trabalho três meses após formação
Mais de um terço dos desempregados que concluír am cursos do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) conseguiu traba lho no espaço de três meses, revela um relatório relativo ao primeiro semestre d e 2004.
O relatório foi feito com base num inquérito a mais de 12.000 formandos do IEFP, aos quais responderam 5.192 pessoas, estando 74,5 por cento delas dese mpregadas antes da frequência do curso.
Dos formandos que estavam sem trabalho, 36 por cento conseguiram empreg o três meses após a conclusão do mesmo, enquanto 45,8 por cento permaneceram des empregados.
Segundo os dados do IEFP, o predomínio do desemprego, uma vez concluída a formação, incidiu fundamentalmente sobre adultos, tendo 54,6 por cento das pe ssoas com 25 ou mais anos continuado sem emprego.
Na análise por regiões, a zona centro foi onde se registou o maior núme ro de adultos desempregados após a formação: 63,1 por cento.
Verificou-se também que os jovens com menos de 25 anos inserem-se mais facilmente no mercado de trabalho do que os adultos, aproximando-se dos 44,1 por cento no continente.
Em declarações à agência Lusa, Cristina Rodrigues do Conselho Directivo do IEFP, realçou que os cursos são uma "ferramenta muito importante para se con seguir um emprego".
No entanto, avisa que a formação não dá, por si, garantias de trabalho.
"Se a economia não gera empregos, a formação também não os gera", diz.
No balanço anual de 2003 do IEFP, das pessoas que antes da formação est avam desempregadas 46,1 por cento conseguiram encontrar um emprego em 9 meses, o que representa uma descida face a 2002, período em que 49,8 por cento dos desem pregados foram colocados.
Os valores registados em Portugal são inferiores, por exemplo, aos veri ficados em Espanha, onde mais de metade dos desempregados conseguiram um emprego em 2004 depois de terminarem os cursos do Plano de Formação e Inserção Professi onal (FIP), segundo o Instituto Nacional de Emprego (INEM) espanhol.
Dos desempregados de curta duração com 25 ou mais anos, 71,03 por cento foram contratados, ao passo que os desempregados de longa duração da mesma faix a etária 54,33 por cento conseguiram trabalho.
No ano passado, os valores dispendidos pelo IEFP para cursos de formaçã o profissional ascenderam a 339 milhões de euros, tendo sido perto de 102 milhõe s de euros subsidiados pelo Fundo Social Europeu (FSE).


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